Durante as buscas por Lázaro Barbosa, que entraram no 18º dia neste sábado (26), policiais precisaram de atendimento médico por causa de carrapatos, em Cocalzinho de Goiás. O médico Hugo Queiroz que trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Águas Lindas de Goiás contou que já atendeu membros da força-tarefa com até 60 marcas de picadas pelo corpo.
“Isso está acontecendo todos os dias. Os militares estão sofrendo muito com esse problema que causa um grande desconforto devido à coceira intensa. Desde a semana passada que venho atendendo esse tipo de ocorrência diariamente. Não somente eu, outros colegas médicos me informaram que também atenderam”, disse.
A força-tarefa que busca por Lázaro, suspeito de uma chacina em Ceilândia (DF), e pelo menos outros sete crimes, conta com cerca de 270 profissionais de várias corporações. Também são usados helicópteros e cães farejadores.
À TV Anhanguera, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) informou que os policiais “foram medicados, estão bem e já estão em campo”.
O profissional do Samu alertou que é imprescindível cuidar o quanto antes desses ferimentos para evitar consequências graves à saúde.
“Realizo o atendimento, prescrevo medicações e oriento. É relevante ainda informar que este tipo de animal pode causar a febre maculosa, também conhecido por doença do carrapato”, esclareceu.
Nas redes sociais, um dos policiais que participa das buscas por Lázaro publicou que teve dezenas de insetos espalhados pelo corpo após trabalho na força-tarefa. Ele escreveu: “Cerca de 50 carrapatos no corpo, mas com sentimento de dever cumprido. Desistir, jamais!”.
Outro policial que também integra a força-tarefa e preferiu não ter a identidade divulgada disse que também tem sofrido com as mordidas dos insetos durante o trabalho.
“Estou todo empolado. Está todo mundo sendo atacado. Agora é época de carrapato. Difícil”, contou.
Buscas
A força-tarefa para capturar Lázaro Barbosa já dura 18 dias. Este sábado começou sem o cerco que era mantido em região de chácaras em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, e durou mais de 30 horas. Novo bloqueio foi feito por volta das 8h30 na mesma estrada de terra.
Durante as buscas por Lázaro, a força-tarefa prendeu um fazendeiro, de 74 anos, e um caseiro, de 33, suspeitos de ajudar o criminoso a fugir dos policiais. Após a audiência de custódia, o segundo investigado recebeu liberdade provisória. As defesas negam que clientes tenham ajudado criminoso.
O procurado é suspeito de invadir chácaras e fazer pessoas reféns durante sua fuga pelas matas da região.
Portal Guaíra com informações do G1