A mulher que foi presa na noite de segunda-feira (12) tentando sequestrar um bebê na maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba, tentou justificar o ato aos policiais durante o depoimento. Ela argumentou que estava grávida e sofreu um aborto no fim do mês de junho, mas decidiu não contar para ninguém. Ela também diz que agiu por impulso e se disse arrependida de tentar raptar o recém-nascido.
Vestida de enfermeira, ela entrou no quarto de uma mulher que tinha dado à luz um menino e disse que levaria o bebê para fazer exames. O crime só não foi consumado porque a mãe verdadeira da criança estranhou a demora e procurou a enfermeira de plantão para saber quanto tempo demoraria. A funcionária ficou desconfiada porque não havia qualquer exame previsto para aquele horário e avisou a segurança. A suspeita foi detida quando tentava sair com a criança no colo.
“Estava todo mundo esperando essa criança que eu perdi e eu não quis contar pra ninguém”, explica a suspeita, acrescentando que o aborto aconteceu no dia 27 de junho. “Eu não sei o que aconteceu comigo, eu estou muito desesperada (…) eu sou sozinha, eu não tenho ninguém comigo”, disse a mulher à polícia.
Ainda durante o depoimento, ela revelou detalhes de como conseguiu entrar no hospital. A mulher contou que entrou no hospital e simplesmente passou reto por todos os funcionários, sem ser interpelada por ninguém. Quando foi questionada pelo policiai que colhia o depoimento, ela não soube dizer se já tinha premeditado o crime antes de entrar no hospital. “Eu não sei o que deu na minha cabeça de entrar no hospital, mas eu entrei e comecei a olhar os nenês, começou a dar um negócio na minha cabeça (…) eu não sei porque eu fiz isso”, explica.
Ela também contou que entrou no vestiário dos enfermeiros e encontrou uma roupa em cima do armário e decidiu colocá-la. “Eu queria pegar o neném no colo, mas quando eu vi tudo aconteceu (…) Eu ia dizer que o bebê nasceu, alguma coisa assim”, relata.
Marido não sabia do aborto
O marido da suspeita também prestou depoimento à polícia e disse que não sabia que tinha perdido o filho. Inclusive, durante a conversa com a polícia, ele chorou quando foi informado sobre o que a esposa tinha acabado de fazer. “O quarto do bebê já está montado, ela tem fotos e exames que ela fez, a mãe dela acompanhou nos exames”, conta o marido, que não soube explicar o porquê da esposa não ter contado sobre o aborto.
Ele ainda contou que estava trabalhando no dia 27 de junho, data do possível aborto, e que não percebeu nada de diferente no comportamento da esposa. “A barriga dela estava normal, ela pedia pra eu mexer na barriga dela e mexia normal”, complementa.
Portal Guaíra com informações do Massa News