O valor dos seguros de carro tem registrado várias mudanças ao longo de 2021. Mesmo que não seja comum que o preço de algum serviço baixe -estamos mais acostumados aos incrementos- só no primeiro semestre do ano, entre janeiro e julho, o valor deste tipo de seguro caiu 12,5% de acordo com o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) elaborado pela insurtech TEX.
Segundo a mesma companhia, após um leve aumento em setembro que interrompeu a trajetória de queda por sete meses consecutivos, os valores das coberturas voltaram a registrar quedas no mês de outubro. Para perceber a diferença: ao contratar o serviço para um automóvel em janeiro, se a unidade segurada era de R$50 mil, o IPSA era de 5,6%, portanto o cliente pagava R$2.800 pela cobertura. Já em outubro, o valor para esse mesmo tipo de carro caiu para R$2.500. Só em comparação com o mês anterior, a apólice registrou uma diminuição de R$50.
Na avaliação geral do ano, a queda progressiva já tem se estabilizado, conforme os dados de novembro, mantendo o percentual do IPCA em torno de 5%.
O levantamento realizado pela TEX também traz dados interessantes no que tem a ver com os fatores determinantes dos preços das apólices. Acontece que, na hora de estabelecer o valor a ser cobrado, as companhias seguradoras levam em consideração muitas variáveis que aumentam ou diminuem o risco do segurado sofrer um sinistro e, portanto, ter que pagar indenização por ele. As principais características são: modelo e idade do carro, cidade e região de localização dele, Índice de Veículos Roubados (publicado pela SUSEP), idade e gênero dos motoristas, etc.
A informação relativa à mudança dos preços segundo o gênero revelou que o valor final da apólice para um homem fica 18% mais cara do que se contratada por uma mulher. O principal motivo disso é que, ao contrário dos mitos e certas opiniões, é um fato que as mulheres são motoristas mais responsáveis do que os homens e se envolvem em menos acidentes de trânsito graves e com perda total do veículo. Como referência: a organização Infosiga SP, destinada a apurar os dados dos registros da Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal no estado de São Paulo, revelou que apenas 6,4% dos motoristas envolvidos em acidentes eram mulheres, ou seja, o 93,1% restante eram homens.
A idade também faz a diferença na hora de pagar menos pelo seguro: o Índice revela que os motoristas mais velhos pagam menos. As pessoas incluídas dentro da chamada geração “Baby Boomer” (1943-1964) pagam quase a metade do que a “geração Z”, ou seja, as pessoas nascidas entre os anos 1990 e 2014.
Já a região de moradia do segurado também tem muita influência na definição do preço do seguro. Isto tem a ver principalmente com os índices de criminalidade assim como os roubos e furtos de carros registrados nessa área. Os seguros mais baratos do mercado sao achados nas cidades que possuem de 10 mil a 50 mil habitantes. No entanto, as cidades entre 100 e 500 mil registram o maior valor.
Redação Portal Guaíra