O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o recurso para Fernando Francischini (PSL) e manteve a cassação do mandato de deputado estadual do Paraná.
Ele foi cassado, em outubro de 2021, por ter propagado informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de votação durante as eleições de 2018. Essa foi a primeira vez que o tribunal tomou decisão relacionada a político que fez ataque às urnas eletrônicas.
Pela decisão, além de perder o mandato, o deputado fica inelegível por oito anos. O TSE determinou que os votos obtidos por ele na eleição fossem anulados.
A cassação de Francischini provocou uma “dança das cadeiras” na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), com quatro trocas de deputados.
Francischini foi o deputado mais votado da história do Paraná em 2018, com 427.749 votos. A chapa do político, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep, elegeu oito parlamentares.
Ele também foi deputado federal por dois mandatos, secretário de Segurança Pública do Paraná e candidato a prefeito de Curitiba, em 2020.
“Tenho direito a um agravo para o STF, que ainda não analisou o meu caso. Acredito que as liberdades e o bom direito venham a prevalecer e, assim, eu possa ser candidato nestas eleições pelo Paraná, porque muita coisa ainda precisa mudar em nosso país”, afirmou ele sobre a decisão.
Informação falsa
Francischini foi alvo de investigação após afirmar, sem apresentar provas, em suas redes sociais, durante o primeiro turno das eleições de 2018, que as urnas eletrônicas foram adulteradas para impedir a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o TRE-PR fez auditoria nas urnas e constatou que elas estavam com funcionamento normal, sem indícios de fraude em seu sistema.
Portal Guaíra com informações do G1