O grande esforço político da região acabou não tendo força para a retirada da polêmica praça de pedágio da BR-467, entre Cascavel e Toledo, do novo plano de concessões das rodovias do Paraná. Agora que é praticamente certa a construção dessa praça, especialistas já fazem todos os tipos de cálculos para entender como ela impactará na economia da região.
A análise técnica pode ser complexa, porém, o resultado é de fácil compreensão. Proporcionalmente, a famigerada praça será uma das mais caras do Lote 5, considerando os 40 km entre as duas cidades ligadas pela BR-467.
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) já chegou a informar que somente essa praça iria gerar sozinha 31% do valor total do lote. Porém, de acordo com o estudo elaborado pelo ITTI (Instituto de Tecnologia de Transportes e Inovação), da Universidade Federal do Paraná, nessa praça, o total de km pagos pelos usuários de todas as categorias será 20% superior ao total de km percorridos na malha de cobertura da praça. Segundo o estudo, o resultado demonstra que a situação poderá ter impacto direto na tarifa básica de pedágio para a praça.
GUAÍRA A MARECHAL
Já na praça de Mercedes e também na de Corbélia, os cálculos demonstram que, categorias como veículos leves e pesados de 2 e 3 eixos, poderão pagar proporcional até 20% a menos km rodados ao total de km percorrido na malha. Na quarta-feira (13), durante a apresentação do estudo em uma Audiência Pública da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná, o professor Dr. Eduardo Ratton, apresentou outro exemplo desse estudo.
Segundo ele, na praça de pedágio de São Luiz do Purunã, o cálculo demonstra que o total de km pagos pelos usuários da categoria de veículos pesados de 4 a 9 eixos, é superior em 85% ao total de km percorridos na malha de cobertura dessa praça. De acordo com o professor, tal situação retrata um possível impacto direto no custo do frete regional e no custo final dos produtos que são transportados por este tipo de veículo.
De acordo com o estudo, para se chegar a esse resultado, foram comparadas a diferença entre a distância percorrida pelo tráfego que atravessa cada praça de pedágio versus a distância percorrida pela totalidade do tráfego que circula nos trechos de cobertura que compõem a tarifa dessa mesma praça.
As informações são do O Paraná