Morreu no sábado (13) o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, aos 68 anos. Segundo a Folha de S. Paulo, a família confirmou que o ex-executivo sofria de câncer.
Costa foi diretor da área de Abastecimento na petrolífera entre 2004 e 2012 — período dos governos Lula (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016). Ele foi escolhido através de uma indicação do PP. O engenheiro paranaense foi o primeiro delator da Operação Lava-Jato, que começou em 2014, revelando o esquema de corrupção dentro da estatal petrolífera.
Costa foi preso em 20 março de 2014, no começo da operação, durante uma investigação contra o doleiro Alberto Youssef que, segundo a Polícia Federal, havia comprado um automóvel Land Rover para o então executivo da Petrobras. Ele também foi investigado por suposta destruição de provas durante a operação.
Após prisão, ele denunciou o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, além de outras pessoas públicas envolvidas no escândalo de corrupção.
Com a operação, prisão e delação, a estatal tornou-se o principal foco das investigações nos anos seguintes.
Na época, o ex-executivo da Petrobras assinou um acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR) e renunciou a aproximadamente US$ 23 milhões, que foram mantidos na Suíça, além de outros US$ 2,8 milhões que estavam depositados em nome de familiares em um banco das Ilhas Cayman. No total Paulo Roberto Costa devolveu R$ 79 milhões aos cofres da estatal petrolífera brasileira.
Costa foi condenado na primeira vez a 12 anos de prisão. A sentença de prisão foi assinada pelo então juiz Sérgio Moro, que é candidato do União Brasil ao Senado pelo Paraná. Somando outros processos do caso no Paraná, foi condenado a mais de 70 anos de prisão. No entanto, por colaborar nas delações, ele deixou a cadeia.
Portal Guaíra com informações do SBT News