Um motorista que atropelou um policial rodoviário federal em 2018, na BR-467, perímetro urbano de Cascavel, foi condenado na segunda-feira (29) pelos crimes de lesão corporal gravíssima, desobediência e direção sem habilitação. A pena total foi de nove anos, sete meses e um dia, em regime fechado.
Depois de mais de quatro anos, o júri popular foi realizado pela Justiça Federal em Cascavel, diferente de outros julgamentos que normalmente acontecem no fórum estadual.
“Nesse caso específico, o servidor federal estava exercendo a sua função como policial, portanto é competência federal, que crime esse crime doloso contra a vida, porém quem julga são os juízes da causa, são os jurados” disse Luciano Katarinhuk – advogado
Sobre o fato
O crime aconteceu em 2018 quando um policial rodoviário federal realizava um trabalho de abordagem na rodovia BR-467 em Cascavel. Quando o policial deu a ordem de parada a um motorista de um veículo Gol, que não obedeceu e jogou o carro pra cima do agente.
No processo consta a informação que o motorista viu o policial dando ordem de parada e que o atropelamento foi proposital, que o homem deu sinal de luz e desacelerou o carro, dando a entender que iria parar, no entanto, logo acelerou novamente jogando o carro para cima do policial.
Em outro trecho do processo, diz que ao acelerar novamente o carro, já estava há poucos metros do agente, impossibilitando qualquer chance de defesa. Com o impacto, a vítima foi arremessada.
O federal recebeu os primeiros atendimentos ainda às margens da rodovia que liga Cascavel a Toledo e na sequência foi encaminhado para o hospital com vários ferimentos, inclusive duas fraturas expostas.
Depois de atropelar e fugir sem prestar qualquer socorro, o homem abandonou o carro que foi encontrado pelos policiais. O condutor foi localizado logo na sequência e preso. Ele também não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Na delegacia ele confessou que era o motorista, mas alegou que não teve intenção de atropelar, e relatou que tentou desviar, mas não conseguiu. No depoimento o juiz federal questionou o porquê de não ter parado e ele respondeu que ficou apavorado e com medo.
Portal Guaíra com informações da RIC Mais