Um homem, de 56 anos, causou grande confusão e medo ao sequestrar um ônibus do transporte coletivo de Curitiba, na noite de quinta-feira (1º). O suspeito, com uma arma falsa e uma faca, entrou no veículo da linha Hugo Lange na região do Alto da Glória e ameaçou o motorista e um passageiro. Segundo o funcionário, o homem pediu para que ele conduzisse o ônibus até o Alto da XV para destruir uma residência.
“Ele estava com uma caixa de pizza na mão, uma mochila nas costas, pensei que deveria ser algum trabalhador. Ele começou a mexer na mochila, pensei que estava procurando o cartão. Daí pegou um monte de papel, jogou em cima do capô do motor e sacou uma arma. Ele falou assim: ‘Faça o que eu mandar’. O cara começou a ficar louco”, declarou o motorista, que não será identificado.
Assustados com a abordagem, o motorista e o passageiro permaneceram com o suspeito durante 10 minutos dentro do ônibus. O condutor do veículo foi obrigado a sair da rota e seguiu até a rua Professor Brandão, no Alto da XV, onde avançou com o ônibus contra um portão de um terreno baldio. Na sequência, o suspeito pediu para que o motorista acelerasse em direção a residência de um condomínio que fica ao lado, mas o funcionário reagiu.
“Eu abri a porta traseira, para o passageiro correr e pedir socorro, mas ele não desceu. Daí eu saltei. Soltei o cinto e parti para cima dele (suspeito). Aí o passageiro veio ajudar e conseguimos dominar ele”, contou o motorista.
A Polícia Militar foi acionada e o suspeito encaminhado à Central de Flagrantes.
Suspeito sequestra ônibus e revela vingança
Durante o momento da abordagem dos militares, o suspeito revelou a possível motivação. Segundo o homem, ele queria destruir uma das casas do condomínio por vingança. O suspeito detido morava no terreno baldio ao lado do residencial, porém, alegou que os vizinhos reclamavam da permanência dele no espaço.
“É que ele ficava gritando lá e parece que os moradores estavam incomodados com ele. Foi retirado e não gostou muito”, declarou o sargento Pires. Ainda há suspeita de que o homem fazia incêndios em lixos do local.
No momento da prisão, o suspeito declarou que é vítima de perseguição e que não queria causar danos ao motorista e ao passageiro.
“Perseguição pessoal, calúnia. Olha o meu estado, eu era uma pessoa bonita. Eu durmo na rua há seis anos, passando fome. Eu não queria machucar ninguém, foi desespero. Eu queria entrar naquele muro ali do lado, aquele conjunto eles me ‘caguetaram’ para os policiais, eles diziam para me matar. Eu tive desespero, eu não ia machucar o motorista e nem o rapaz, vou pedir perdão pelo resto da vida”, gritou o suspeito antes de ser preso.
Felizmente, o motorista e o passageiro não tiveram ferimentos.
Portal Guaíra com informações da RIC Mais