O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) identificou a presença de ferrugem asiática em lavouras comerciais de soja no Paraná mais cedo do que na safra passada.
Em 2021 a primeira ocorrência do fungo causador da doença, foi registrada em 13 de dezembro, na cidade de Mariópolis, localizada na região sudoeste do estado. No período seguinte, já em 2022, o primeiro registro foi feito ainda em novembro na zona rural de Terra Roxa e Londrina.
De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, a ferrugem asiática possui um custo médio de 2 bilhões e 800 milhões de dólares por safra no Brasil, incluindo métodos de controle e prejuízos com perdas.
O Paraná é um dos estados que mais sofrem com a doença no país, e foi o primeiro local de identificação da ferrugem asiática no Brasil, na safra 2000/2001. No ciclo de duas décadas depois foram registradas 100 ocorrências da doença em planta no Paraná, segundo colocado atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 138.
A descoberta da ferrugem asiática no Paraná em 2022, de acordo com Edivan Possamai, coordenador do Programa Grãos do IDR-Paraná, foi feita em plantas em desenvolvimento reprodutivo estádio R4, no início da formação dos grãos.
Segundo os dados mais recentes do Consórcio Antiferrugem são 12 ocorrências de ferrugem asiática confirmadas no Paraná: Cantagalo, Corbélia, Iracema do Oeste, Londrina, Mamborê, Mariópolis, Nova Santa Rosa, Palotina, Pitanga, Rio Bonito do Iguaçu, Santana do Itararé e Terra Roxa.
Em outras 24 cidades os pesquisadores identificaram a presença de esporos, o que é um indicativo de potencial contaminação das lavouras: dentre elas Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon e Santa Helena.
Portal Guaíra com Assessoria