O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, prestou depoimento na sexta-feira, 21, na sede da Polícia Federal, em Brasília. A oitiva durou cerca de 4,5 horas e o militar foi ouvido sobre a sua presença no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
Como a Jovem Pan mostrou, gravações do circuito de segurança do prédio mostram o então ministro do governo Lula caminhando entre os invasores, no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República, e dando orientações para a saída de emergência aos manifestantes.
Nesta sexta, Gonçalves Dias estava acompanhando de seu advogado e não conversou com jornalistas na entrada e na saída do local. Inicialmente, o depoimento do agora ex-ministro à Superintendência da Polícia Federal aconteceria na segunda-feira 24, mas foi antecipado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O então ministro-chefe do GSI pediu demissão do cargo nesta quarta-feira, 19, após o vazamento de vídeos. Ele havia sido indicado ao cargo por Lula em dezembro do ano passado, sendo considerado uma pessoa de confiança do atual chefe do Executivo. “A primeira pessoa que queria chamar é o Gonçalves Dias, que foi chefe da minha segurança por 8 anos e será agora ministro do GSI”, afirmou o mandatário na ocasião.
Antes disso, o militar já havia atuado na segurança pessoal do petista durante seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2009, como Secretário de Segurança da Presidência da República, e na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Em 2022, Gonçalves Dias voltou a atuar na segurança de Lula durante a campanha eleitoral. O general é o primeiro ministro do terceiro mandato de Lula na Presidência a cair.
Portal Guaíra com informações da Jovem Pan