Não fosse a pandemia e a reforma do Centro Náutico Marinas no ano passado, estaríamos falando agora da 47ª edição da Festa das Nações.
Mas o mundo nunca foi uma ciência exata, e se o planeta foi forçado a pisar no freio, é preciso enxergar o lado bom disso.
Três anos depois de vários percalços, Guaíra comemora finalmente a 44ª Festa das Nações. O grito engasgado fez com que todos pudessem finalmente reconhecer que a vida é feita de pequenos grandes episódios, e se alguém achava que todo ano era a mesma coisa, agora a mesmice ganhou ar de novidade.
Saudades, sim, sim, foi exatamente isso o que os guairenses demonstraram nesta primeira noite de evento. Eis o paradoxo: Tudo tinha cara de nostalgia, ao mesmo tempo em que tudo soava como uma novidade.
Não foi difícil ver lágrimas nos olhos, muitos abraços e aquele clima de descontração. Flagrantes: O sorriso de quem não via um velho amigo há tanto tempo. E a cumplicidade de quem está sempre junto, mas não num evento que só acontece anualmente, salvo alguma pandemia, ou força de exceção. Tudo é possível e a imprevisibilidade é uma constante, reitere-se.
Mas, esqueçamos os riscos, vamos aos fatos: Mais de cinco mil pessoas compareceram ao Centro Náutico Marinas, que, aliás, está todo reformado. Está lindo.
Quando os fogos coloriram o céu e se refletiram no enorme rio Paraná, os aplausos soaram espontaneamente. E então Guaíra se fez mais Guaíra. E o dia amanheceu, finalmente, em paz.
Cristian Aguazo especial para o Portal Guaíra