Foi enterrado na segunda-feira (29) o corpo da jovem agredida e atropelada em frente a uma casa noturna no Paraná.
Daiane de Jesus Oliveira foi enterrada em um cemitério na cidade de Tupãssi. Segundo a família, a jovem de 28 anos tinha problemas psicológicos. Ela morreu na madrugada de domingo (28) em frente à boate Moonlight, em Cascavel.
Às 4h32, a imagem mostra que um homem empurra Daiane e aponta a luz de uma lanterna para o rosto dela. Daiane aparece sem blusa. O homem chuta o que parece ser uma latinha que estava com Daiane, que o agarra pelas costas. Ele dá um soco nela.
Duas pessoas com uniforme de segurança saem da boate e uma delas intervém. O homem que começou as agressões empurra Daiane, que cai no meio da rua. Um motociclista passa e desvia de Daiane. Cinco pessoas que estavam na boate veem um carro se aproximando. Eles fazem sinal para que ele pare. O carro não para e passa por cima de Daiane.
“Única coisa que eu me pergunto: será que essas pessoas não têm filho, não têm esposa, não têm mãe? Muita dor.. Não tem o que tire essa dor. Não sei até quando vou sentir essa dor. Ele tirou a vida da nossa filha e a nossa também”, afirma o padrasto de Daiane, Marcelino Baez.
De acordo com a Polícia Militar, a briga começou porque a jovem tentou entrar na boate sem blusa e os seguranças a impediram. Daiane ficou caída no chão por cerca de um minuto até o atropelamento. Segundo a polícia, ela foi arrastada por 70 metros e morreu na hora.
Uma perícia vai apontar se o carro estava acima da velocidade permitida, que é de 60 km/h. Os investigadores já identificaram todas as pessoas que aparecem nas imagens, inclusive o motorista do carro, que fugiu sem prestar socorro.
A polícia ouviu, nesta segunda-feira (29), as cinco testemunhas que fazem sinal para o carro parar e vai ouvir, também, o homem que começou as agressões. Ele é policial penal e trabalhava na portaria da boate.
A Corregedoria da Polícia Penal do Paraná disse que vai apurar a conduta do servidor e o afastou das funções até o fim das investigações.
“Vamos verificar se houve dolo eventual na conduta do segurança ao deixar a vítima no asfalto, e a conduta do motorista que seria, em tese, homicídio culposo na direção de veículo motor e omissão de socorro”, diz o delegado Fabiano Moza do Nascimento.
O nome do policial penal não foi divulgado. A defesa dele declarou que as imagens mostram que o cliente não agrediu Daiane e que ele atuou com força proporcional diante de uma situação de perigo, porque a mulher estaria ameaçando o colega dele com um caco de vidro.
A casa noturna Moonlight afirmou que afastou os seguranças e que está colaborando com as investigações e prestando auxílio à família da Daiane.
Portal Guaíra com informações do Jornal Nacional