O fenômeno climático El Niño está relacionado a períodos mais chuvosos. A previsão é que ele se aproxime do estado nos próximos quarenta e cinco dias. Ele é o oposto do La Niña, que saiu de cena em 2023, após três anos seguidos marcados por estiagens no campo.
De acordo com o climatologista Sidnei Jadoski, da Unicentro em Guarapuava, o período agora é de transição. Até o fim do ano, o fenômeno deve ser mais intenso, com grande quantidade de chuvas e temperaturas mais elevadas do que a média.
“Está com prospecção de um patamar de aquecimento maior do que já se teve na história. A tendência é passar de 25,5 graus e entrar no El Niño super, como está sendo denominado. A expectativa é que o inverno não seja tão rigoroso e, para a segunda metade do inverno, aceleração no ciclo hidrológico – incremento no índice de chuva.”
Para o campo, a chegada do El Niño tem seu lado positivo, segundo os climatologistas. Ele ocupa o lugar da estiagem prolongada dos últimos anos, provocada pelo La Niña.
A tendência é de uma distribuição melhor das chuvas, não só no inverno, mas também na primavera e no verão, já que o fenômeno climático deve seguir, pelo menos, até o ano que vem.
Apesar disso, gera preocupações. O climatologista cita que o excesso de chuvas e alagamentos pode afetar plantações e a área urbana.
“Nos cultivos, o aumento da temperatura associado à umidade, pode acelerar a entrada de doenças fúngicas que afetam o ciclo de cultivo. Isso vai exigir um maior investimento em controle. Risco de granizo, ventos acima da média com maior frequência”, diz.
Portal Guaíra com informações do G1