Os corpos de Felipe Furquim, de 35 anos, Heitor Guilherme Genowei Junior, de 42 anos, ambos servidores da Casa Civil do Governo do Estado, e do piloto Jonas Borges Julião, de 37 anos, foram enterrados no sábado (8) em Umuarama, no noroeste do Paraná.
Ao longo do dia, os corpos foram velados no Ginásio de Esportes Amário Vieira da Costa. A prefeitura e a Câmara Municipal decretaram luto oficial de três dias diante das mortes.
O avião sumiu na segunda-feira (3), em uma região de Serra do Mar, no litoral do estado. Ele decolou de Umuarama, no noroeste do estado, às 7h50 e deveria pousar perto de 10h30 em Paranaguá, mas não mandou mais sinal cerca de 10 minutos antes do horário previsto para o pouso.
A aeronave e os corpos foram encontrados na tarde de sexta-feira (7).
Buscas
A Força Aérea Brasileira (FAB) comandou as buscas, que duraram cerca de 65 horas e terminaram às 14h01 desta sexta. De acordo com a corporação, a aeronave H-60 Black Hawk localizou o monomotor.
O comandante do Corpo de Bombeiros no litoral do estado, major Fabrício Frazatto dos Santos, deu detalhes da operação e disse que foram percorridos mais de 200 km² em cinco dias.
De acordo com o major, na quarta-feira (5) um familiar do piloto informou que ele usava um relógio com sinal de GPS que poderia ajudar nas buscas. Com isso, a Força Aérea Brasileira acionou a empresa fornecedora do equipamento.
“Verificou-se que havia uma última sinalização desse relógio numa determinada coordenada geográfica. A partir daquele momento, as buscas foram direcionadas para aquela área”, afirmou.
Mata fechada
De acordo com o major, o local onde a aeronave foi encontrada fica a uma altitude de 650 metros, em um terreno de aclive extremo, de alta complexidade e dificuldade.
Ele detalhou que os resgatistas foram até a aeronave com o apoio de cordas, no estilo rapel.
“Por cima não era possível visualizar essa aeronave. Parece que ela teve uma queda na vertical, estava embaixo de uma árvore. Houve a necessidade de uma infiltração da equipe para confirmar que ali realmente havia uma aeronave”, disse.
O major explica que o avião estava a cerca de um quilômetro do ponto onde emitiu o último sinal de radar. Porém, a aeronave estava presa às copas das árvores e não podia ser vista de cima.
Só quando as equipes desceram ao local de rapel confirmaram que era o monomotor, em uma região de vale entre duas cadeias montanhosas.
O major afirma que as investigações da FAB devem apurar o que houve, mas destacou que já se sabe que chovia e que havia nebulosidade bastante baixa na região no dia do desaparecimento.
Portal Guaíra com informações do G1