As negociações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com membros de partidos de centro – Progressistas, Republicanos e do próprio União Brasil, que já integra a base governista – para uma reforma na Esplanada dos Ministérios desagrada parte das legendas e pode, inclusive, levar à punição de parlamentares.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), reafirmou na quinta-feira, 17, que a legenda é “totalmente focada na oposição” ao governo Lula 3 e indicou que afastamentos podem acontecer. “Se alguns membros tomaram a decisão de ir com o governo, serão afastados do partido. Nós tivemos um apoio muito ostensivo e com muito orgulho à candidatura do presidente Jair Bolsonaro, e o partido, enquanto eu for presidente, permanecerá na trincheira da oposição”, disse Nogueira em entrevista à rádio CBN.
Em conversa anterior com o site da Jovem Pan, o parlamentar já havia exaltado ser “contra total” a aproximação da sigla com a atual gestão. O recado da posição é entendido como um aviso ao deputado federal André Fufuca (PP-MA), líder do PP na Câmara e cotado para o Ministério do Desenvolvimento Social.
Apesar da posição de Ciro contrária à aliança, o presidente Lula se reuniu na manhã de quinta-feira, 17, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que repetidas vezes já afirmou atuar como um “facilitador” do governo.
A expectativa é que o anúncio dos novos ministros, incluindo membros do PP e do Centrão, aconteça até a sexta-feira, 18.
Portal Guaíra com informações da Jovem Pan