Jessica Weis, mãe de uma menina de quatro anos que teve as pernas amputadas após queda de uma laje sobre uma piscina afirmou em uma rede social que jamais poderia imaginar que construção poderia cair sobre a filha e a outra criança que também se feriu.
“Nós nunca imaginamos que essa sacada traria algum risco para essas crianças, tanto que se em algum momento eu imaginasse, eu jamais iria deixar a minha filha embaixo dessa sacada e acredito que nem os pais, dos vizinhos todos, que deixavam as crianças virem brincar com a minha filha, também se eles achassem que tivesse algum risco, eles jamais deixariam”, afirmou a mulher.
O caso foi registrado no último sábado (13)´em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. As duas crianças brincavam em uma piscina embaixo da laje quando a estrutura caiu. A menina teve pernas amputadas e o menino, de oito anos, traumatismo craniano.
Em boletim médico divulgado na quinta-feira (18) pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti, a assessoria informou que o menino permanece internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas sem a necessidade de sedativos, sem intubação e que já respira sem ajuda de aparelhos.
A menina que também está em uma UTI, teve melhora no quadro de saúde e está estável. Assim como o menino, ela também já não faz mais o uso de sedativos e respira sem a ajuda de aparelhos.
No mesmo relato nas rede sociais, Jessica contou que a família comprou a casa em período de acabamento e que decidiram construir uma sacada no andar superior, momento que acionaram um pedreiro já conhecido pela família.
“Conversamos com um pedreiro da nossa confiança que já tinha feito uma casa anteriormente para nós, sobre a possibilidade dessa sacada. Esse mesmo pedreiro afirmou que seria super seguro, inclusive essa sacada era para que a gente pudesse subir e estar sentado em cima dela. […] Então assim, para o nosso conhecimento, essa sacada ela era segura”, disse a mulher.
Pai comemora melhora do filho
Em entrevista à RPC, o pai do menino que também foi atingido pela laje, comemorou a melhora do filho. Segundo Pedro Godinho da Rosa, a situação poderia ter sido um tragédia ainda maior.
“Foi um passo muito importante porque foi tirado [aquele aparelho], desentubado. Está reagindo, respirando sozinho, sem aparelho nenhum. Então isso aí é a chave de tudo. […] Foi uma tragédia, eu sempre falo e já falei, graças a Deus que e foi só os dois, se fosse uns 10 minutos antes, teria mais duas crianças do vizinho que estaria nessa tragédia”.
Crea diz que obra não tinha responsável técnico
Questionada sobre o caso, a Prefeitura de Foz do Iguaçu informou que a construção não tinha o alvará necessário, “portanto, não havia profissional legalmente responsável pela obra”.
A administração municipal disse ainda que o alvará de construção é essencial para o início de qualquer obra desse tipo e que a fiscalização é responsabilidade do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea).
Através de nota, o Crea informou que a construção não contou com responsável técnico.
Com a constatação, a responsabilidade do acidente deve ser atribuída ao proprietário do imóvel, conforme o órgão.
A instituição reforça que qualquer tipo de obra ou reforma em imóveis devem ser acompanhadas por um profissional habilitado, para a elaboração dos projetos, execução adequada dos serviços e para evitar acidentes.
Portal Guaíra com informações do G1