Morreu o bebê que teve parto antecipado um dia antes da mãe, Érica Campos, 25 anos, morrer com suspeita de dengue em Londrina, no norte do Paraná. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário (HU) da cidade.
Segundo a unidade hospitalar, o bebê – que nasceu de oito meses- morreu às 12h25 da quinta-feira (11) devido à prematuridade.
De acordo com a família, Érica esteve em Guaratuba, no litoral do estado, e voltou do passeio já com dores no corpo e febre.
Segundo o hospital, a jovem deu entrada na unidade no dia 4 de abril em com sintomas de dengue após ter passado pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Jardim Sabará, na zona oeste da cidade.
O parto foi realizado de forma emergencial no último sábado (6). A jovem morreu no domingo (8) e foi enterrada na segunda-feira (9).
A Secretaria Municipal de Saúde não confirmou oficialmente que Érica morreu pela doença, mas garantiu que o caso está sendo investigado.
Em um levantamento divulgado no início de março, o Ministério da Saúde informou que o número de casos de dengue em gestantes aumentou 345% nas seis primeiras semanas de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a pasta, o odor e o aumento do gás carbônico exalados pela pele das gestantes, somado ao aumento da temperatura do corporal, podem atrair o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.
Família critica atendimento
Após a morte da filha, o pai de Érica, Edson Rodrigues, disse que a filha não foi bem atendida na UPA.
“Eles não deram a devida atenção para uma gestante. Foi um descaso. Ela ficou mais de 12 horas aguardando para ser transferida. Disseram que era falta de ambulâncias. Ela deveria ter prioridade”, afirmou em entrevista à RPC.
Érica deixou uma filha de 5 anos.
Como se prevenir
O aumento dos casos entre as gestantes fez com que o governo federal elaborasse, em parceria com a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo), um manual de tratamento na gestação e no puerpério.
De acordo com o Ministério da Saúde, os cuidados que as grávidas devem tomar basicamente são os mesmos recomendados para a população em geral, como:
- Telas em portas e janelas para evitar que o mosquito entre nas casas
- Uso de inseticidas, roupas apropriadas e repelentes
Para a entidade, as grávidas devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como picaridina, icaridina, N,N-dietil-meta-toluamida (DEET), IR 3535 ou EBAAP.
Outra opção é evitar o uso de roupas nas cores vermelha, azul, alaranjada ou preta. Segundo a cartilha, cores claras, como a branca, não atraem o mosquito.
Portal Guaíra com informações do G1