Três suspeitos de tentar matar um caminhoneiro a mando da esposa da vítima foram presos na quarta-feira (29), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, mais de onze meses após o crime. A mulher, de 57 anos, foi detida no início deste mês.
De acordo com a Polícia Civil, o caminhoneiro teve a casa invadida no início da madrugada do dia 16 de junho de 2023 e foi atacado com diversos golpes de facão e faca enquanto dormia. Vizinhos acionaram equipes de socorro e a vítima foi levada ao hospital e sobreviveu.
Segundo o delegado Guilherme Fontana, responsável pelas investigações, o homem ficou ferido na cabeça, nos braços e nas costas e teve que passar por diversas cirurgias, entre elas uma para reconstruir um dos braços, que foi amputado pelos golpes.
“A suspeita teria contratado dois homens para cometer o crime […] e na madrugada do dia 16 de junho de 2023 a senhora manteve comunicação com os criminosos via WhatsApp e esperou a chegada destes quando, espontaneamente, abriu a porta da residência para que eles entrassem. Logo em seguida, os dois suspeitos foram até o quarto do caminhoneiro onde o atacaram enquanto dormia, sem dar qualquer chance de defesa a ele”, detalha o delegado.
No interrogatório, a suspeita alegou que a intenção era simular um roubo para quitar uma dívida com um agiota e que não sabia que o homem seria agredido durante o crime, afirma Fontana.
“A versão dada pela suspeita conflita com evidências encontradas durante a investigação que indicam que ela contratou os criminosos para matarem a vítima. A motivação do crime ainda é incerta mas, provavelmente, envolve interesse patrimonial”, complementa.
Os suspeitos detidos nesta quarta-feira têm entre 22 e 24 anos.
“Um dos suspeitos presos hoje confessou toda a ação criminosa e ainda afirmou que a mulher sorria enquanto seu convivente era brutalmente agredido”, destaca o delegado Guilherme Fontana.
Os suspeitos devem ser indiciados por tentativa de homicídio qualificado, cuja pena pode somar até 13 anos de prisão.
A mulher tem histórico criminal por lesão corporal e ameaça e um dos homens por tráfico de drogas e outros crimes, segundo o delegado.
Convivência após o crime
De acordo com o delegado Guilherme Fontana, o caminhoneiro só começou a suspeitar do envolvimento da mulher com o crime meses depois do ataque.
Nesse meio tempo, ambos continuaram a morar juntos normalmente.
“Quase um ano após o crime ela deixou a residência sem avisar. Sumiu, sem comunicar nada, e o caminhoneiro até fez boletim de ocorrência relatando o desaparecimento dela “, explica.
Portal Guaíra com informações do G1