No dia 25 de outubro, um boletim de ocorrência foi registrado relatando o desaparecimento de Amélia Patek, 55 anos, com base em um relato do filho da vítima. O filho suspeitou de uma mensagem de texto enviada aparentemente pelo celular da mãe, na qual ela afirmava ter conhecido um homem e estaria indo embora com ele para São Paulo. A partir desse indício, as autoridades foram acionadas.
No mesmo dia, o veículo da vítima foi localizado nas proximidades do Supermercado Copagril, e, conforme relatos de moradores da região, o carro estava estacionado naquele local desde o dia 22 de outubro. A Polícia Civil deu início às investigações, realizando uma análise detalhada das imagens de câmeras de segurança de áreas próximas, incluindo o local onde o veículo foi abandonado e a residência da vítima.
A investigação revelou que, no dia 22 de outubro, um carro modelo Citröen C3, cor vermelha, foi visto fazendo diversas passagens pela casa da vítima. Na manhã do dia 23, o suspeito, identificado posteriormente, chegou à residência por volta das 06h40 e permaneceu por alguns minutos. Após isso, o indivíduo foi visto deixando o local a pé, manobrando o veículo da vítima para estacioná-lo em posição diferente antes de partir.
Diante da sequência de eventos e das imagens, a Polícia Civil aprofundou as investigações e, no dia 29 de outubro, o principal suspeito foi ouvido em depoimento, mas entrou em contradição diversas vezes. Com base nos depoimentos conflitantes e na análise das imagens das câmeras de segurança, a autoridade policial solicitou a prisão temporária do suspeito, o que foi atendido.
Em 31 de outubro, a equipe da Polícia Científica realizou uma perícia na residência da vítima, onde foram encontradas evidências de manchas de sangue que haviam sido tentativamente limpas. Também foi feito exame no veículo da vítima, onde foram identificadas manchas compatíveis com sangue no porta-malas.
Após intensas buscas, no dia 1º de novembro, a Polícia Civil localizou o corpo da vítima em um local de difícil acesso na zona rural da região. O cadáver estava enrolado em um cobertor e em avançado estado de decomposição. As circunstâncias do caso indicaram tratar-se de um feminicídio seguido de ocultação de cadáver.
Na manhã desta terça-feira (5/11), o suspeito, acompanhado de seu advogado, se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Guaíra. Durante o interrogatório, ele optou por permanecer em silêncio. O homem é acusado de feminicídio e ocultação de cadáver, e as investigações continuam para apurar todos os detalhes do crime.
A Polícia Civil destaca o trabalho conjunto das equipes de investigação e perícia, que, por meio de um rigoroso trabalho de análise de provas e diligências, conseguiram esclarecer os fatos e identificar o responsável por esse crime brutal.
Portal Guaíra com PCPR