Os quatro filhos que presenciaram morte da mãe a tiros pelo marido dela em Marechal Cândido Rondon, têm idades entre 20 anos e seis meses de vida, de acordo com a delegada de Polícia Civil, Yasmin Espicalsky.
O mais velho tem 20 anos, os outros três possuem 15 anos, 10 anos e seis meses de vida, respectivamente. O bebê é fruto do relacionamento da vítima, Marcia Aparecida Dos Santos Cardoso, 35 anos, com o suspeito pelo crime, que foi preso na sequência.
“Todos presenciaram a cena de crime. […] Eles teriam tentado conversar com a mãe, porque ela teria tido uma crise de ciúmes. Pediram para ela largar a faca e ela largou, e se dirigiu a cozinha e nesse momento a pessoa [o suspeito] teria dado os tiros com a arma de fogo”, explicou a delegada.
Após o crime registrado na sexta-feira (22), o suspeito ainda teria corrido atrás de três filhos mais velhos da vítima com a arma em punho. Eles são frutos de outros relacionamentos da vítima, segundo a polícia.
No momento em que a polícia chegou ao local, o homem estava no carro com o filho mais novo da vítima – de seis meses – e fruto do relacionamento com ele, e saindo do local. Ele não apresentou resistência e no bolso da bermuda dele estava a arma usada no crime.
Ele foi preso em flagrante por suspeita de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e ameaça contra os filhos da vítima.
Motivação do crime
Para a polícia, o suspeito afirmou que a esposa viu algumas mensagens no celular dele de uma traição que teria ocorrido. O homem afirmou, no entanto, que os dois estavam há algum tempo terminando e na sequência reatando o relacionamento e que após as mensagens, ela pegou uma faca e o ameaçou.
A mulher largou a arma após pedido dos filhos e foi para a cozinha, momento em que o homem foi ao quarto e pegou a arma, efetuando dois disparos contra a mulher enquanto ela estava em pé e mais um tiro quando ela tocou o chão, segundo a delegada Yasmin.
A delegada afirma que foi uma situação de ciúmes, mas que a mulher já havia largado a faca e que a atitude não se justifica. Segundo a delegada, a mulher fez um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o marido no início deste ano por ameaça. A vítima, no entanto, não quis medida protetiva.
“Essas pessoas que são agressivas, é um ciclo, ele vai continuar, perpetuar, a pessoa que ameaça uma vez, que bate uma vez, ela não se torna uma pessoa melhor, porque se ela já deu esse primeiro passo, ela vai continuar”.
Portal Guaíra com informações do G1