Uma grávida que morreu há 3 meses segue sendo mantida em suporte vital para poder desenvolver e gestar o filho. Adriana Smith, de 30 anos, moradora no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, estava grávida de nove semanas quando exames revelaram a presença de coágulos no cérebro. A mulher sofreu morte cerebral.
De acordo com o hospital onde Adriana estava internada, a meta é manter os aparelhos ligados até que a gravidez atinja a 32ª semana, aumentando assim as chances de sobrevivência do bebê fora do útero. No entanto, a decisão foi tomada sem o consentimento da família, segundo relata a mãe da paciente, April Newkirk.
“Queremos o bebê. Ele é parte da minha filha. Mas essa decisão deveria ter sido nossa, não do Estado”, afirmou April em entrevista, criticando a ausência de participação da família no processo.
O caso tem gerado polêmica, já que a Geórgia é um estado onde o aborto é proibido após a detecção dos batimentos cardíacos do feto, geralmente por volta da sexta semana de gestação.
Grávida que morreu é mantida viva para gestar filho: feto em estado grave
Apesar do esforço médico, o feto, já nomeado como Chance pela família, apresenta sérias complicações. Um diagnóstico recente indicou acúmulo de líquido no cérebro, o que pode afetar severamente sua qualidade de vida. Há riscos de cegueira, paralisia e até morte após o nascimento.
Mesmo diante do prognóstico reservado, os familiares seguem esperançosos. “Neste momento, a nossa missão é dar uma chance ao bebê Chance. Seja como for que ele venha ao mundo, será amado por todos nós”, declarou April.
Após a repercussão do caso, representantes republicanos do estado da Geórgia esclareceram que a legislação antiaborto em vigor não obriga a manutenção do suporte vital em casos de morte encefálica.
Portal Guaíra com informações da Ric Mais