O motorista de ambulância José Fernando Lamounier, de 43 anos, descobriu que o primo havia morrido durante o atendimento de um acidente na PR-170, em Borrazópolis, no norte do Paraná. A vítima, identificada como Edwilson Fernandes Spósito, de 32 anos, foi encontrada fora do carro em um barranco e teve a morte constatada ainda no local.
Segundo Fernando, Edinho – como era conhecido entre os familiares – estava voltando do trabalho, no entreposto de uma cooperativa em Cruzmaltina, na mesma região. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), ele estava indo em direção a Borrazópolis, quando capotou o carro do lado esquerdo da pista.
Ainda não há informações sobre as causas do acidente. A Polícia Científica e a Polícia Civil (PC-PR) compareceram ao local.
O acidente aconteceu na noite de sexta-feira (26), no quilômetro 173. Naquele dia, Fernando nem tinha sido escalado para trabalhar, mas um imprevisto com outros dois motoristas fez com que ele fosse acionado para o plantão.
Fernando contou que Edinho foi ejetado para fora do carro. Como estava caído de barriga para baixo e vestia uma blusa com capuz, a princípio, ele não havia reparado que se tratava do primo.
“Quando a gente foi tirar a touca dele, foi o momento que eu vi que era meu primo. Aí na hora foi um baque, um choque bem grande. A gente tinha uma boa amizade, uma boa relação. Na hora a gente fica sem chão, foi uma experiência que a gente não gostaria de passar nunca na vida”, contou Fernando.
Fernando contou que passou pela mesma situação ao se deparar com a morte do tio em outro acidente. Mesmo sendo motorista de ambulância experiente, ele confessa que nunca está preparado para ver um familiar na posição de vítima.
“A gente nunca tá preparado para essas coisas, mas a gente tem que ser forte às vezes e suportar certas situações para a gente poder dar informações à família, ser forte e ajudar eles também”, afirmou o motorista.
Edwilson deixou a esposa – prima de Fernando – e o filho de três anos. Ele foi sepultado no domingo (28), no cemitério municipal de Ivaiporã, no norte do Paraná.
“O Edinho era uma pessoa sensacional, de um coração enorme, era amado por todos, um piá de ouro”, lembrou Fernando.
Portal Guaíra com informações do G1