Com a confirmação da indicação do nome de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), o governo já começou a avaliar quem ocupará o Ministério da Justiça, no lugar de Dino.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que chegou a ser cotado para o ministério de Lula no início do ano, volta a ter o nome cotado. Ele está na Arábia Saudita e fará parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que segue, nesta segunda-feira, para viagem ao exterior.
Auxiliares de Lewandowski afirmam que o ex-ministro não rejeitaria o convite. Ele assumiria com perfil capaz de atenuar a crise entre Poderes e sem aspirações eleitorais. Quando provocado sobre o assunto, Lewandowski tem dito que atualmente é advogado e que não antecipa movimentos da política.
Depois de perder a corrida para Dino ao STF, o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, também é cotado para o ministério da Justiça. Também de dentro do governo, há o nome da ministra do Planejamento, Simone Tebet.
A interlocutores, ouvidos pela CNN, Tebet disse não ter sido sondada, mas também não descartou uma eventual mudança de pasta. A pasta da Justiça é considerada uma das de maior visibilidade na Esplanada e entra no cálculo político sobre quem o Planalto quer dar holofotes.
O PT, por exemplo, defende a indicação do coordenador do grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho. Ele é filiado ao PT desde os 16 anos e próximo de Lula, destacando-se como um dos conselheiros informais do presidente da República.
Dentro do próprio Ministério da Justiça, há o nome do secretário executivo, Ricardo Capelli, homem de confiança de Dino. Há resistências do PT contra ele. Além de secretários da pasta que também estão de olho na sucessão, como Augusto Botelho, da secretaria Nacional de Justiça e Wadih Damous, da secretária do Consumidor.
Antes de decidir, Lula terá conversas com o PSB, partido que detém a pasta no desenho atual.
Portal Guaíra com informações da CNN