O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse que o grupo planeja realizar novas manifestações e ocupações nos próximos meses no Brasil.
Stédile está na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à China.
Em uma entrevista concedida ao portal Metrópoles, Stédile destacou que a mobilização popular, marchas, vigílias, manifestações e ocupações de terras públicas e latifúndios improdutivos fazem parte da existência do MST e que isso não é nenhuma novidade. Ele ainda enfatizou que a aplicação da lei da reforma agrária prevista na Constituição brasileira é a principal reivindicação do grupo.
“Vai acontecer, não só em abril, mas porque é a forma das mobilizações pressionarem pra que se aplique a lei da reforma agrária que está na Constituição brasileira”, disse.
Na manhã de quinta-feira (13), em Xangai, Lula cumprimentou o líder do MST durante o discurso na cerimônia de posse de Dilma Rousseff no comando do Banco do Brics.
“Quero cumprimentar os companheiros dirigentes sindicais que vieram comigo nessa delegação. O Moisés Selerges, presidente do Sindicato [dos Metalúrgicos] de São Bernardo do Campo, Miguel Torres, presidente da Força Sindical e [do Sindicato] dos Metalúrgicos de São Paulo, companheiro Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, o companheiro Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, UGT, e o João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra”, declarou Lula.
A Secom não informou quem custeou a viagem de Stélide.
No Brasil, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) acionou o Supremo Tribunal Federal para pedir uma liminar que barre invasões de propriedades rurais em todo o país, como as prometidas pelo MST.
Portal Guaíra com informações do Canal Rural