Uma carta supostamente escrita por Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi entregue à polícia de Goiás nesta sexta-feira (25), após ter sido encontrada em uma das casas vasculhadas pelas equipes de busca. Com vários erros de português, o texto dá detalhes sobre a vida dele, onde afirma que é “ungido de Deus” e nega ter “feito macumba” contra alguém.
Na carta, Lázaro conta que teve uma infância difícil. Ele diz que sofreu muito e trabalhava bastante para “ganhar 5 reais”, além de descrever o pai como ausente e afirmar que o homem chegava em casa constantemente bêbado.
Além disso, Lázaro diz que tem coração e pede perdão à mãe e à Ellen, sua esposa, e afirma que chora todos os dias com saudade da filha. Em outro trecho, ele conta que tem “coração, saudade e sentimento“.
Lázaro diz em outro trecho que não foi encontrado ainda por ajuda de Deus e diz que a polícia precisa mudar a mentalidade dela para pegá-lo.
“Talvez assim Deus permita que vocês me pegem (sic). Si acalme, se for da vontade dele vai cer, si não (sic)”, afirma.
Após afirmar que ficou preso por sete anos por diversos crimes, sendo um inocente, Lázaro também afirma ter sido estuprado na cadeia quando foi preso em Águas Lindas.
“Tudo que eu passei me fez tornar essa pessoa, mas eu “temo” somente um, MEU DEUS. NÃO VOU ME ENTEREGAR (sic). POR TUDO QUE PASSEI, PREFIRO A MORTE. Lá não é centro de reeducação, lá é planeta de bandido perigoso”, afirmou.
O foragido termina a carta dizendo que não sabe para onde vai e pede que Deus o guie.
“Deus permita que voos me peguem, pois eu sou ungido por Deus . Deus tem planos na minha vida e não vai deixar que vocês mudem isso, pois deus é o Criador e vocês são criaturas. Se acalmem, se for a vontade Dele, vai ser, se não… Não sei para onde vou, só Deus a Deus para Guiar meus passos, peço a Ele que guie os seus também. ME PERDOE”, finaliza.
As buscas por Lázaro já duram 17 dias. Ele é acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família, em Ceilândia, e furtar mantimentos, invadir propriedades, fazer reféns e deixar feridos.
Portal Guaíra com informações da Ric Mais