Brasília – Solidariedade e PRD confirmam federação partidária e perfil de “centro”

(Foto: Rebeca Borges/CNN)

O Solidariedade e o PRD confirmaram na quarta-feira (25) a formação de uma federação partidária entre as siglas. A nova aliança foi anunciada em ato na Câmara dos Deputados com a presença de integrantes e dos chefes das legendas, além do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O acordo entre as siglas foi comunicado pelos atuais chefes nacionais dos partidos, o deputado Paulinho da Força (SP), do Solidariedade, e Marcus Vinícius (RJ), do PRD. O novo grupo formado deve ser de “centro”, segundo Paulinho.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a federação vai “engrandecer o debate nacional”. “Não tenho a menor dúvida de que essa federação já nasce muito forte. Precisamos discutir o que nós queremos para o país a partir de agora, já vislumbrando as eleições do ano que vem. O momento é de trabalho, de entrega”, afirmou.

Durante o lançamento da federação, integrantes dos partidos defenderam uma aliança para combater a polarização no cenário político brasileiro. “Será uma força que vai oferecer para o país, democraticamente, uma alternativa”, afirmou o ex-senador Reguffe.

A ideia também foi reforçada pela ex-deputada Marília Arraes, que é aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos celebrando a união de quem pensa diferente e principalmente de quem respeita quem pensa diferente. A gente busca nas divergências a convergecia sobre o que realmente importa”, afirmou.

Eleições 2026
A aliança mira o fortalecimento das siglas para as eleições de 2026 e a superação dos critérios para receberem recursos. Os partidos avaliam que juntos terão mais chances de superar a cláusula de barreira.

Juntos, os dois partidos terão 10 deputados federais. Atualmente, cada legenda tem cinco integrantes. As federações partidárias funcionam como uma única agremiação. Elas podem apoiar qualquer candidato e devem permanecer no mesmo bloco por pelo menos quatro anos.

A aliança entre as siglas ainda deve ser oficializada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois partidos já fizeram, recentemente, movimentos partidários para driblar a cláusula de desempenho e se manter relevante no cenário político.

A criação do PRD (Partido da Renovação Democrática) foi aprovada em 2023. A sigla é resultado da fusão do PTB e do Patriota. No mesmo ano, o Prós foi incorporado ao Solidariedade e deixou de existir.

Cláusula de barreira
O TSE prevê que o acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão está condicionado ao preenchimento das condições impostas pela cláusula de barreira.

A regra prevê que para ter acesso aos recursos e ao tempo de propaganda as siglas ou federações devem eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da federação; ou obter, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.

Após as eleições do próximo ano, a regra deve ser ainda mais rígida e exigirá: 2,5% dos votos válidos nas eleições de 2026, distribuídos em nove unidades da federação, com um mínimo de 1,5% de votos em cada uma delas; ou a eleição de 13 deputados em nove unidades.

Neste ano, além do Solidariedade e do PRD, também anunciaram que vão compor uma nova federação o União Brasil e o PP. O PSDB e o Podemos também avançaram nas negociações para uma união, mas a articulação foi suspensa por divergências relacionadas ao comando da nova legenda.

Portal Guaíra com informações da CNN

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Brasília – Solidariedade e PRD confirmam federação partidária e perfil de “centro”

Lançamento da aliança contou com participação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).