Um homem foi condenado a 33 anos e 10 meses de prisão pelo estupro e morte de Andressa Brito de Souza, em Cascavel, no oeste do Paraná, em fevereiro de 2020. O júri popular começou pela manhã e terminou na tarde desta quinta-feira (17).
Andressa tinha 26 anos e foi morta a facadas dentro de casa, na área rural. O filho da vítima, na época com dez meses de idade, foi encontrado com vida embaixo de cobertores.
Valdecir José do Prado foi preso cinco dias após o crime e está detido desde então.
Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com uso de meio que dificultou a defesa da vítima, e pelo crime de estupro.
O advogado de defesa, Arley Mozel, disse que já se manifestou para recorrer da decisão e aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Durante o julgamento, segundo Mozel, Prado confessou ter matado a vítima, mas negou o crime de estupro.
O julgamento do réu começou em abril, mas foi adiado a espera de um laudo da perícia.
O novo juri ocorreu após a perícia ser concluída e confirmar que o material genético encontrado na vagina da vítima era de Prado.
Julgamento
O júri foi composto por três mulheres e quatro homens, sendo que todos votaram pela condenação de Prado. O julgamento teve início às 9h30 e término perto das 18h.
“O juri foi rápido porque o exame de DNA não tinha como ser contestado. Não paramos o julgamento e dispensamos um policial de prestar depoimento”, explicou o advogado de acusação, Ricardo Bantle.
De acordo com Bantle, foram ouvidas duas testemunhas que viram Prado entrando e saindo da casa de Andressa, além de uma perita, que fez esclarecimentos técnicos sobre o material genético encontrado no corpo da vítima.
“Como profissional é muito satisfatório e como cidadão também, pois o processo não deixou dúvidas. Então, como advogado, em momento algum pensei que poderia estar fazendo algo errado, que poderia estar condenando alguém inocente, tinha a convicção de que estava fazendo um bom trabalho, com base em uma investigação que não teve vícios”, disse Bantle.
O advogado disse ainda que o caso da Andressa movimentou o cenário policial da cidade e contou com uma boa investigação desde o início por ter sido um crime grave. Os depoimentos colhidos pela polícia foram iguais durante o julgamento.
Portal Guaíra com informações do G1