Nova atualização da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), divulgada nesta quinta-feira (09), informa que as condições de La Niña estão presentes e devem persistir até o trimestre entre fevereiro a abril deste ano (59% de chance), com uma transição para o período de neutralidades provavelmente entre os próximos meses de março e maio, com 60% de chance.
Conforme destaca a publicação da NOAA, as condições de La Niña surgiram no Oceano Pacífico no último mês de dezembro.“Estávamos esperando que La Niña aparecesse desde a primavera passada. Enquanto ela se arrastava, todas as peças se juntaram no mês passado”, diz o relatório. Segundo agência, as condições urgiram em dezembro e foram refletidas em temperaturas da superfície do mar abaixo da média no Oceano Pacífico Equatorial central e centro-leste.
De acordo com explicação da agência climática norte-americana, as condições de La Niña existem quando a região chamada Niño-3.4 do Oceano Pacífico Equatorial tem uma anomalia de temperatura negativa de pelo menos 0,5°C por um mês,somada a uma resposta atmosférica tipicamente associada à La Niña sobre o Pacífico Equatorial.
Segundo relatório da NOAA, em dezembro “os índices semanais foram de -0,7 °C no Niño-3.4 e -0,6 °C no Niño-4, com valores próximos de zero no Niño-1+2 e Niño-3 . O resfriamento do subsolo no Oceano Pacífico equatorial se fortaleceu significativamente, com temperaturas abaixo da média dominando o Oceano Pacífico equatorial central e oriental”.
Como reflexo do La Niña sobre as condições climáticas do Brasil, é comum que as chuvas reduzam sobre a parte Sul do país e aumentem sobre o Centro-Norte. Tal condição passou a ser observada desde o final de 2024. O mapa de precipitação acumulada do Inmet mostra baixos volumes acumulados desde o sul de Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, onde há áreas onde as lavouras passam por dificuldade por conta do tempo seco, com previsão de mais dias sem chuvas pela frente.
Apesar disso, a NOAA diz que é muito provável que este La Niña seja fraco, com o índice Niño-3.4 provavelmente não atingindo -1,0 °C por uma temporada. “Isso se baseia na orientação do modelo de computador e em quão tarde no ano as condições de La Niña surgiram. Os eventos ENSO atingem o pico no inverno do hemisfério norte, e simplesmente não há muito tempo para La Niña se fortalecer”, diz o relatório.
Portal Guaíra com informações do Notícias Agrícolas