Nasceram na terça-feira (3), em Brasília, os quadrigêmeos do casal Rayane Gebrim e João Nogueira. Laura, Theo, Lucca e Samuel vieram ao mundo entre 9h41 e 9h48, em um hospital particular na Asa Norte. Os filhos chegaram após 10 anos de tentativas do casal para engravidar.
Segundo a mãe das crianças, os bebês nasceram prematuros de sete meses – o que já era esperado pelos médicos. Eles estão bem, mas seguem internados na UTI neonatal do hospital, recebendo ventilação mecânica, procedimento comum em crianças que vêm antes da hora.
À TV Globo, Rayane disse que, quando entrou em trabalho de parto, na madrugada de terça-feira, estava em Água Fria, em Goiás. Ela e o marido seguiram viagem para o DF, para que os bebês nascessem em Brasília.
Em uma rede social, a mãe publicou uma foto da família completa, logo após o parto.
“Dia 03/05/22 nasceram (sic) o nosso quarteto e nasce uma mãe e um pai. Nós pedimos a Jesus Cristo que ele fizesse tudo conforme a sua vontade e assim ele fez, ele cuidou de cada detalhe desde o momento que descobrimos que seríamos papais de quadrigêmeos”, escreveu.
Rayane e João foram surpreendidos pela gravidez, por meio de fertilização in vitro, em outubro do ano passado. “Um sonho que a gente queria tanto por tanto tempo e se realizou ao quadrado”, disse a mãe à época.
O casal tinha problemas de fertilidade e fez diversos tratamentos para ter filhos. Mesmo com a esperança de alcançar o resultado, eles não esperavam a possibilidade de quatro bebês. A surpresa veio durante um exame de ultrassonografia.
Fertilização in vitro
A técnica de fertilização in vitro, que funcionou para a família, começa com a estimulação da ovulação na mulher com hormônios, por um período de 8 a 12 dias. Os óvulos maduros são retirados e depois fecundados fora do organismo, em laboratório.
Para o casal, a técnica deu certo na segunda tentativa. “Colocamos dois embriões e aí veio essa surpresa de quatro bebês. Os embriões, eu acredito, se dividiram. O médico ainda não nos deu certeza do que aconteceu, mas acredito mesmo que eles se dividiram”, contou Rayane à época.
Segundo o especialista em fertilidade Vinícius Vherum, casos de gêmeos são comuns em casos de fertilização in vitro, mas quadrigêmeos são raros.
“Quando transferimos um embrião, em mais ou menos 1% a 2% dos casos, ele pode se dividir e gerar uma gestação múltipla. Agora, transferir dois embriões e eles se dividirem e ter uma gestação quadrigemelar é muito raro, um pra cada dez mil casos”, explica.
Ainda de acordo com o especialista, esse tipo de gestação é de risco e tem que ser acompanhada com cuidado. “Muitas vezes, ela [gestação] termina prematuramente. Então é relativamente comum ter um nascimento entre 32 e 34 semanas, então [os bebês] devem nascer em uma maternidade que tenha UTI neonatal à disposição”, explica.
Portal Guaíra com informações do G1