A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou a expectativa de partidos do Centrão para que acelere a escolha do candidato à Presidência da República pelo campo da direita em 2026.
Somente com esse nome definido as legendas — que hoje mantêm um pé na canoa bolsonarista e outro no governo Lula — vão desembarcar da gestão federal, abrindo mão de ministérios e cargos de segundo escalão.
Ao longo desta semana, a CNN conversou com diversas lideranças do Centrão que apontaram para essa mesma condição.
A lógica é de que não haveria como unir partidos de centro para apoiar o projeto da direita “sem que saiba por quem lutar”, sem ter a previsão de quem será o “piloto do avião”, conforme explicou um presidente de partido.
Mesmo com as autorizações do ministro do (STF) Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes que permitem a Bolsonaro receber visitas de aliados políticos em sua casa, em Brasília, a avaliação é que, por estar preso e sem celular, o poder de articulação do ex-presidente fica parcialmente comprometido.
Lideranças do Republicanos, do PP, do PSD, do MDB e do União Brasil ouvidas reservadamente pela CNN afirmaram desejar que o escolhido por Bolsonaro para disputar o Palácio do Planalto seja o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Apesar de reconhecerem o “espírito desconfiado” de Bolsonaro, preferiria alguém de sua família, essas fontes são uníssonas ao avaliar que o ex-presidente não pode correr o risco de perder a disputa de 2026.
De acordo com pesquisas de opinião, Tarcísio aparece como o nome mais competitivo em relação ao presidente Lula e tem baixa rejeição.
Portal Guaíra com informações da CNN