O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o adiamento para o dia 6 de agosto da imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, especialmente do setor siderúrgico.
A medida, que estava prevista para entrar em vigor hoje – 01 de agosto de 2025 -, pegou os mercados de surpresa e foi interpretada como um gesto estratégico de Trump em meio à corrida eleitoral americana e à pressão de setores industriais dos EUA que dependem de insumos brasileiros.
A nova tarifa impactaria diretamente as exportações de aço semiacabado, que compõem uma fatia relevante das vendas do Brasil para os Estados Unidos.
Com o adiamento, o governo brasileiro ganha tempo para tentar negociar uma solução diplomática e evitar prejuízos a um dos principais setores da economia nacional. Representantes do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços já sinalizaram a intenção de buscar um diálogo direto com interlocutores da campanha de Trump e com o Departamento de Comércio dos EUA.
O adiamento também movimentou a política interna brasileira, com lideranças empresariais pressionando o governo por uma atuação mais incisiva. Analistas políticos veem na decisão de Trump uma tentativa de flexibilizar o discurso protecionista e ampliar sua base de apoio entre empresários norte-americanos, sem abandonar completamente o tom nacionalista que marca sua campanha.
A data escolhida para a nova entrada em vigor da tarifa, logo após a “Superterça” das eleições primárias nos EUA, é considerada estratégica. Até lá, o Brasil tentará reverter a medida ou ao menos mitigar seus efeitos. Caso a tarifa seja mantida, o impacto sobre o setor exportador brasileiro será significativo, podendo afetar empregos e investimentos em regiões altamente dependentes da siderurgia.
Redação Portal Guaíra
