A tecnologia tem ganho cada vez mais espaço nas operações da Receita Federal do Brasil (RFB) em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, onde drones com câmera térmica passaram a fazer parte da equipe em busca de contrabandistas.
O dispositivo é capaz de rastrear o calor de veículos e humanos. Ainda conforme o órgão, o equipamento consegue ampliar uma imagem em 200 vezes.
Em uma ação na cidade, o drone percorreu regiões usadas pelos suspeito e detectou uma movimentação suspeita.
A identificação foi o que levou agentes, pela manhã, a realizarem uma operação silenciosa na BR-277 e abordar contrabandistas na rota usada por eles na fronteira entre Brasil e Paraguai. Foram apreendidos quatro ônibus com mercadorias contrabandeadas.
Os veículos tinham como destino município do norte paranaense. Poucos passageiros, mas o bagageiro lotado.
“De importação proibida, no caso de cigarro e eletrônicos. É uma infração aduaneira bem característica que vai resultar na apreensão do veículo e da mercadoria”, informou.
Nos veículos, de acordo com a polícia, passageiros e motoristas chegavam a levar os produtos também na parte de cima do ônibus contando com a troca de turno das equipes da Receita Federal e de forças de segurança.
A Receita Federal informou, ainda, que após a abordagem aos quatro ônibus, nenhum outro passou pelo ponto de fiscalização. A suspeita é que alguma pessoa avisou os contrabandistas por meio de aplicativo de mensagens.
Em outra ação, em uma estrada rural de Foz do Iguaçu, os agentes do órgão abordaram uma van com materiais contrabandeados. Cerca de R$ 316 mil reais em equipamentos eletrônicos e R$ 150 mil em dinheiro foram apreendidos.
Os drones começaram a ser usados pela Receita Federal em Foz do Iguaçu em 2019, mas em 2021, em uma parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu trouxe mais tecnologia. O modelo M30T é o único em operação no Brasil nas mãos das forças de segurança.
O equipamento tem capacidade de voar até 7 mil metros de altura e ser operado na chuva. A câmera pode, também, aproximar uma imagem em até 200 vezes, o que ajuda a garantir a localização dos alvos.
O Wagner contou que o drone possibilita um monitoramento à distância e também economia ao deslocar uma equipe para realizar a operação.
“Ajuda também na visualização e na movimentação principalmente dos pontos mais críticos de carga e descarga de mercadoria”, disse.
O piloto de drone da Receita Federal, Bruno Oliveira, explicou como é feita a identificação.
“Ele tem um laser que faz com que a gente consiga identificar o ponto. Dentro de uma cidade é fácil falar a rua, o número da casa, mas quando acontece em uma área rural ou uma zona não habitada, a gente tem a informação georreferenciada de onde está acontecendo o ilícito”, contou.
Portal Guaíra com informações do G1