O delegado da Polícia Civil Anderson Resende Kopke confirmou, em entrevista nesta quinta-feira (26), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que as irmãs de 10 anos, e de 4, foram assassinadas pelo padrasto, com conivência da mãe das crianças. Segundo ele, os suspeitos foram jantar enquanto a filha mais velha passava mal após sofrer as agressões.
As investigações apontaram que as crianças foram espancadas até a morte. A mais nova foi trazida sem vida de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, para Belo Horizonte, no fim de fevereiro ou início de março. O corpo da caçula não foi encontrado até o momento.
Os dois suspeitos serão indiciados por homicídio, tortura e ocultação de cadáver.
Autorização para falar
Em princípio, a mãe negou as agressões, mas mudou a versão depois de pedir permissão ao companheiro, e ele autorizar.
Kopke contou ainda que, enquanto a criança passava mal e vomitava sangue por causa do espancamento, o homem pediu à mulher para esquentar a comida, e ambos foram jantar.
O delegado disse que a mãe era omissa e não tomou atitude para que as agressões não acontecessem. Ela está grávida de seis meses.
“Nesses 12 anos como delegado eu não vi algo semelhante”, diz Kopke sobre os assassinatos.
A MORTE DA MAIS VELHA
O corpo da filha mais velha foi encontrado dentro de um barraco na terça-feira.
A morte dela aconteceu entre a sexta-feira (20) e o sábado (21), segundo o delegado, e foi motivada por uma discussão entre mãe e filha. Ela deu um empurrão na menina.
“Nesse momento, começou o espancamento com chineladas, socos. Ele [o padrasto] pegou um cabo de vassoura e continuou espancando a criança”, disse o delegado.
Ainda de acordo com ele, ela já tinha uma perfuração na perna feita anteriormente por um cabo de vassoura e sinais de espancamento.
A prisão
O homem de 25 anos foi preso, na tarde de terça-feira (24), suspeito de espancar até a morte as enteadas, de 4 e 10 anos.
Segundo a Polícia Civil, as duas irmãs foram assassinadas pelo padrasto em um intervalo de cerca de seis meses.
De acordo com Kopke, a caçula foi morta no fim de fevereiro ou início de março deste ano em Divinópolis.
A mãe das crianças, de 31 anos, também foi presa. Ela e o companheiro foram localizados pela polícia no bairro Castanheira, Região do Barreiro em BH.
Corpo achado em barracão
Nesta terça-feira (24), o G1 mostrou que um homem, de 55 anos, chamou a polícia depois de ter encontrado um corpo em decomposição em um barracão que ele alugou na última quarta-feira (18) para um casal de conhecidos. O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (23), em Contagem.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem contou que sentiu mau cheiro vindo de um dos imóveis dentro do lote. Os moradores do barracão não eram vistos desde sábado (21). Por isso, ele chamou um vizinho para, juntos, entrarem no local.
Corpo de mulher é encontrado dentro de casa em Contagem
Ele contou à polícia que, quando abriu a porta, o cheiro aumentou. Ele seguiu por entre os cômodos do imóvel. Viu uma mancha de sangue no banheiro e, ao entrar dentro do quarto, encontrou um saco enrolado debaixo de uma das camas. Por isso, acionou a PM imediatamente.
Aos militares, o homem também informou que o casal que morava no barracão tinha uma filha, que ele conhecia como Aninha. De acordo com ele, a menina tinha 10 anos e não era vista desde sexta-feira (20).
A perícia foi acionada e constatou que, dentro do saco enrolado, havia realmente um corpo em estado avançado de decomposição.
A perícia esteve local para fazer os primeiros levantamentos e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal André Roquette para ser submetido ao exame de necropsia.
Portal Guaíra com informações do G1