A professora Ilvana Griggi Moreira Costa, de 51 anos, morreu com Covid um dia depois de começar a vacinação dos profissionais da educação, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Ilvana, que dava aulas de português na Escola Estadual Maria da Cunha Bruno, no bairro Jardim Primavera, morreu no dia 30 de maio.
Uma sobrinha da professora disse que a tia sonhava ser vacinada para voltar a dar aulas presenciais, que estão suspensas há mais de um ano.
Rafaella Cristina Griggi Lino, disse que Ilvana sempre incentivava as pessoas a se vacinarem e esperava muito o momento em que seria imunizada.
“O que machuca muito é que ela estava muito ansiosa (para se vacinar). Falava o tempo todo que queria se vacinar e, quando as pessoas falavam que não iam tomar, ela brigava, argumentava dizendo que era preciso, que ela queria tomar e voltar para a sala de aula”, contou.
A família contou que a professora tinha muito medo de se contaminar e por isso sempre se cuidava e vivia em isolamento social, mas toda a família se contaminou ao mesmo tempo.
Ilvana testou positivo para a Covid-19 e iniciou o tratamento em casa.
Depois, ela começou a sentir muito cansaço, fraqueza, falta de ar e procurou o atendimento médico. O quadro de saúde dela piorou e Ilvana foi internada.
O marido de Ilvana também se contaminou, foi internado e se recuperou. A professora tinha dois filhos.
A família pediu que as pessoas tomem os cuidados necessários e que façam o isolamento social.
“O que eu venho pedir é que as pessoas se cuidem, tenham consciência, usem máscaras, não façam aglomerações e levem a sério, mesmo que seja muito demorado. A Covid-19 é devastadora e é um vazio desde quando a pessoa é contaminada. Você não consegue dar aquele cuidado que a pessoa precisa naquele momento, não pode tocar, isso dói muito. É uma doença que distancia mesmo”, afirma.
De acordo com a sobrinha, ela era uma pessoa autêntica, amorosa e muito dedicada à profissão.
“Era uma pessoa dedicada, feliz, ela era muito alegre. Todo mundo tinha o prazer de ter a presença dela, porque ela era uma pessoa muito intensa, ela vivia para as pessoas. Ela amava servir. Ela era uma professora diferente, ela tinha um olhar humano, ela era uma pessoa que dedicava, amava o que fazia, amava muito o que ela fazia”, afirma.
Portal Guaíra com informações do G1