O trote violento que aconteceu com acadêmicos de Medicina Veterinária da UFPR (Universidade Federal do Paraná), campus de Palotina, continua tendo desdobramentos.
De acordo com o reitor da universidade, Marcelo Fonseca, após o acontecimento foi instaurado um procedimento disciplinar e 25 estudantes envolvidos foram preventivamente afastados por 30 dias pela instituição. Segundo a universidade, a medida de suspender alunos é para evitar que eles não interferiam na investigação interna.
Fonseca ainda comenta que após esse episódio a UFPR reforçará as campanhas sobre trotes a fim de mostrar aos estudantes a seriedade de situações . “A recepção dos estudantes deve ter solidariedade. Queremos acabar de uma vez por todas com situações de violência na recepção de novos alunos”, diz.
Quatro universitários presos acusados de lesão corporal grave foram colocados em liberdade após audiência de custódia. A Justiça impôs fiança de R$ 10 mil para cada um, além de ter que cumprir algumas medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica. O prazo imposto para colocar o equipamento é de cinco dias após a soltura. Três estudantes, uma mulher e dois homens, deixaram a prisão ainda na sexta-feira. A última aluna que ainda estava presa e não tinha condições de pagar o valor da fiança, através de um habeas corpus foi colocada em liberdade no domingo.
Sobre o caso
Estudantes de Palotina sofreram queimaduras causadas por desinfetante de uso veterinário – a popular creolina – durante a aplicação de um “trote”, prática esta proibida pela UFPR, na última quarta-feira (30).
Segundo a polícia, 19 estudantes ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de Palotina onde passariam por atendimento médico. Além disso, eles foram até a delegacia de Palotina fazer o boletim de ocorrência sobre o caso.
Alunos que se machucaram foram até o IML (Instituto Médico Legal) de Toledo para fazer o exame de lesão corporal.
Quatro estudantes, que eram os responsáveis pelo trote”, foram presos e respondem pelos crimes de lesão corporal, de natureza grave, e constrangimento ilegal. Porém, após pagar R$ 10 mil de indenização eles foram soltos e estão usando tornozeleira eletrônica.
Os suspeitos contaram à polícia que acharam que o produto não causaria danos a pele dos calouros.
Portal Guaíra com informações da Catve