A estudante Danila de Lima, de 29 anos, descobriu quase 24 horas antes do casamento que a festa, marcada para o sábado (10), não iria acontecer. Isso por que a agência de eventos Filia, contratada para realizar o evento, não efetuou o pagamento dos fornecedores.
“Entrou em contato comigo às 21h47 me informando que não seria possível realizar o meu casamento por conta que ela precisava de R$ 16 mil em cima da hora para pagar os fornecedores”, explica.
Diante da situação, familiares e amigos do casal se mobilizaram para organizar uma nova festa, que aconteceu neste final de semana em Campo Mourão, no noroeste do Paraná.
Na manhã de segunda-feira (12), 21 casais que fecharam contrato com a empresa registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Estelionatos em Maringá, no norte do estado.
Além de Danila e o noivo, outros cinco casais que se casariam neste final de semana tiveram as festas canceladas.
Nas redes sociais, a empresa informou que se mudou da cidade após sofrer ameaças. Pediu também que os clientes procurem o departamento jurídico da empresa. O g1 tenta contato com a agência.
De acordo com o delegado Fernando Garbelini, responsável pelo caso, as denúncias serão investigadas.
“A partir do momento que tem má-fé, que tem a intenção direcionada a obter um ganho ilícito, a partir daí tem um estelionato. Então, a nossa investigação vai visar justamente isso daí. Um simples descumprimento contratual não é crime, mas obter um ganho enganando as pessoas, aí sim existe um crime”, disse.
Um grupo foi criado em um aplicativo de mensagens para reunir outras pessoas que fecharam contrato com a empresa e, até a última atualização desta reportagem, contava com mais de 200 participantes.
Entre os membros, está a estudante Bruna Gabriela Ferreira, que vai casar em 2026 e fechou um contrato de R$ 20 mil para a empresa organizar a festa.
“Passamos R$ 6 mil no cartão de crédito e aí ficou mais 18 parcelas. A gente pagou sete parcelas já, deu mais de R$ 11 mil”, conta.
Segundo Bruna, no domingo (11), a responsável pela empresa bloqueou todos os clientes e saiu dos grupos. Em seguida, retornou aos grupos, mandou uma mensagem automática para rescisão dos contratos, mas não responde mais aos clientes.
Portal Guaíra com informações do G1