Um homem e uma mulher, de 22 e 23 anos, foram presos preventivamente na terça-feira (7), suspeitos de agredirem um bebê de 17 dias.
Na madrugada de terça a criança foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, com diversos ferimentos e fraturas pelo corpo, após dar entrada em um hospital particular em Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná.
Inicialmente eles foram ouvidos e liberados, mas a polícia voltou atrás.
O homem foi encaminhado para a cadeia pública de Umuarama e a mulher para a de Goioerê.
O bebê segue internado e está entubado. O laudo médico constatou que ele chegou ao hospital com hematomas no tórax, fraturas na costela, corte no pé, insuficiência respiratória e desidratação.
Perícia na residência do casal
Segundo a polícia, uma delegada e um perito criminalista estiveram na residência do casal para apurar a situação. No local foram encontradas marcas de sangue em portas e lenços umedecidos com material semelhante a sangue.
Os indícios contradizem o relato dos pais da criança, que afirmaram em depoimento que o bebê foi machucado durante à noite, se mexendo na cama, e que ele não havia sangrado.
A polícia informou que o material encontrado foi encaminhado para a análise, a fim de confirmar se é mesmo sangue e, se for, de quem.
Além disso, conforme a polícia, maconha e vestígios de cocaína foram encontrados na casa.
Guarda da criança
O Conselho Tutelar informou ao g1 que solicitou a retirada da guarda do bebê e do irmão dele, de 3 anos, dos pais. O pedido é que uma das avós fique responsável pelas crianças.
O órgão afirmou que espera a decisão do Ministério Público sobre o pedido.
De acordo com a polícia, a avó paterna era quem normalmente cuidava do bebê. Porém, ela relatou à polícia que viajou e deixou a criança sob responsabilidade dos pais.
A delegada responsável pelo caso acredita que ela não tenha envolvimento com as agressões.
Conforme a delegada, a avó está sofrendo ameaças, mas não especificou de quem.
Além da avó, foi ouvida também uma tia do bebê agredido. Elas confirmaram à polícia que o casal usava drogas.
A polícia informou que o outro filho do casal está em Alto Piquiri, também no noroeste do Paraná, na casa de uma bisavó. A delegada entrou em contato com o Conselho Tutelar da cidade, para saber a situação da criança e apurou que ela está bem e é bem cuidado.
Portal Guaíra com informações do G1