Um jovem de 23 anos foi indiciado pela Polícia Civil (PC-PR) acusado de matar um homem de 39 anos e alegar que foi abusado sexualmente por ele quando ainda era adolescente. As informações são do delegado Luis Gustavo de Souza Timossi, responsável pelo caso.
De acordo com o delegado, o crime foi motivado por vingança e realizado por meio de uma emboscada. À polícia, durante a investigação, o jovem disse que, aos 15 anos de idade, foi vítima de abuso sexual do homem que matou.
Durante as investigações sobre o assassinato, a polícia concluiu que o jovem, na adolescência, participou de festas que eram promovidas na casa do homem morto. Segundo relato de testemunhas, os encontros tinham bebidas alcoólicas e narguile para menores de 18 anos. Nas festas, também conforme a investigação da polícia, aconteceram abusos sexuais.
“O indiciado relatou que decidiu matar a vítima pois, em uma conversa com sua namorada sobre seu passado, teria sentido uma dor intensa, e que suas recordações dos abusos teriam prejudicado seu desenvolvimento pessoal, dizendo ainda que se sentia sujo, fazendo com que quisesse acabar com seu sofrimento e evitar novas vítimas”, disse o delegado.
A morte do homem de 39 anos aconteceu em 5 de julho em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Na época, o suspeito foi preso em flagrante.
O indiciamento do jovem foi realizado na segunda-feira (7), ao fim das investigações. A polícia entendeu que ele cometeu homicídio doloso, quando há intenção de matar, com qualificadora de emboscada. Conforme o delegado Timossi, o jovem responderá em liberdade.
O crime e a confissão
De acordo com o delegado, o jovem confessou ter cometido o crime quando foi detido, mas a polícia só recebeu relatos sobre abusos sexuais durante a investigação.
No dia do crime, explicou Timossi, o jovem marcou um encontro com o homem e foi até a casa dele para matá-lo.
“Com o desejo de se vingar, o investigado entrou em contato com a vítima, simulando um encontro. Ao chegar à residência, teria desferido diversos golpes de faca no homem, que foi a óbito no local”.
Com a conclusão do inquérito policial, o caso foi encaminhado ao Ministério Público (MP-PR), que vai decidir se formaliza, ou não, denúncia criminal contra o indiciado.
Portal Guaíra com informações do G1