O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou nesta quinta-feira (6) por tentativa de homicídio qualificado, Débora Custódio, de 22 anos, acusada de jogar soda cáustica na jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos. A vítima é ex-companheira do namorado de Débora.
O crime aconteceu no mês passado quando Isabelly em uma rua de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná. A vítima ia para academia quando foi atacada. Ela sofreu várias queimaduras e ficou 12 dias internada.
Na denúncia, a promotoria aponta as qualificadoras de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes), emprego de meio cruel e feminicídio.
Além da condenação, o Ministério Público pede a determinação de pagamento à vítima para reparação dos danos materiais, morais e estéticos. A denunciada está atualmente presa preventivamente na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina.
A defesa de Débora considerou a denúncia “exagerada” e já tinha dito anteriormente que a acusada não teve o objetivo de matar, mas de causar uma lesão corporal – crime de menor gravidade.
Crime foi cometido por ciúmes, segundo polícia
Segundo a delegada Carolinne dos Santos, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), Débora Custódio disse durante o interrogatório que só queria “dar um susto” na vítima.
“Foi premeditado. Ela afirmou saber o horário. Afirmou também que a moça [Isabelly] já a viu várias vezes em frente ao presídio. Primeiro ela disse que mudou o horário da visita para não encontrar Isabelly. Disse que comprou a soda uns 15 dias atrás”, disse.
O advogado de Débora disse que a cliente detalhou à defesa todo o crime e justificou que a “ação extrema” teria sido resultado de uma “série de humilhações e provocações” sofridas por parte da vítima.
Como foi o ataque
O ataque contra Isabelly aconteceu em 22 de maio, na Alameda Padre Magno, na região central de Jacarezinho.
De acordo com o delegado Tristão Borborema, a jovem estava indo para a academia quando Débora se aproximou, jogou o líquido na vítima e fugiu. No momento do crime, a suspeita usava peruca e roupas largas.
Inicialmente, a polícia acreditava que Isabelly tinha sido atingida por ácido.
Um vídeo gravado por uma câmera de monitoramento mostra Isabelly correndo na rua em busca de ajuda após ser atingida pela substância.
Portal Guaíra com informações do G1