Na segunda-feira (7), a professora de uma escola particular na cidade de Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) foi presa em flagrante, sob suspeita de ter torturado um aluno autista de apenas quatro anos.
De acordo com os relatos, a Guarda Municipal e o Conselho Tutelar foram acionados por uma denúncia anônima. Ao chegarem ao local encontraram o menino amarrado a uma cadeira dentro de um banheiro, usando barbante, gaze e cinta, com os braços e cintura imobilizados e sem conseguir se mover. O garoto tem diagnóstico de autismo grau 3, é não verbal, e já frequentava a escola há cerca de três anos, situação que era de conhecimento da equipe.
A advogada da família informou que não foi a primeira vez que o menino sofreu maus‐tratos: há relatos e vídeos de episódios anteriores em que ele foi amarrado na sala da diretora. Ela ainda resultou em marcas físicas nos braços e cintura, compatíveis com tortura e maus‐tratos, e justificaram o indiciamento da professora pelos crimes de tortura, cárcere privado e maus-tratos.
Após a prisão, a professora prestou depoimento, confessou o ato e permanece detida. Ela deverá passar por audiência de custódia para definir se continuará presa ou responderá em liberdade.
A diretora, afastada por motivo de saúde — ela está em recuperação de uma cirurgia no quadril — emitiu nota afirmando repudiar o ocorrido e declarou estar tomando as providências cabíveis, embora venha acompanhando as atividades da escola apenas em home office. A unidade tem cerca de 50 alunos.
O caso segue agora à investigação da Polícia Civil do Paraná, incluindo a possível responsabilização de outros funcionários pela omissão de socorro ou conivência com os abusos.
Redação Portal Guaíra