O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse, na segunda-feira (17), que pediu a expulsão do deputado federal Yury do Paredão (PL-CE), que se notabilizou como um dos defensores da aproximação do partido com o governo Lula (PT).
“Solicitei ao Diretório do PL no Ceará a abertura do processo de expulsão do deputado federal Yury do Paredão. Ao que tudo indica, o parlamentar licenciado parece não comungar com os ideais do Partido Liberal”, informou Costa Neto pelas redes sociais.
O portal Metrópoles divulgou nesta segunda uma foto de Yury fazendo um “L” com a mão ao lado de ministros de Lula.
Além do registro fotográfico, Yury apoiou o governo em votações importantes no Congresso, como na análise da medida provisória da reestruturação dos ministérios de Lula e do arcabouço fiscal.
A decisão de Costa Neto foi comentada pelo líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ). Em resposta à publicação do presidente do PL, o deputado disse que o partido estaria “fazendo o que ele quer”.
“Presidente, você estará fazendo o que ele quer. Ele quer ser expulso para poder levar o mandato dele. A melhor alternativa seria deixá-lo no sal: sem comissões, sem fundo e sem diretórios. Um morto-vivo no PL. E, se ele tentar sair do partido, perderá o mandato. Avalie”, afirmou o deputado.
Yury faz parte de um grupo de deputados federais do PL que tem se aproximado do governo Lula. Nos cálculos de integrantes do partido, são cerca de 20 a 30 parlamentares dispostos a negociar com o Palácio do Planalto para aprovar pautas de interesse do petista.
Atualmente, Yury encontra-se licenciado de seu mandato desde o dia 28 de junho para “tratar de interesse particular”.
Aliados veem recado
Fontes próximas ao presidente do PL relataram que a atitude se trata de um “recado” para quem extrapolar os limites na relação com integrantes do governo Lula.
De perfil “conciliador”, o presidente do PL não abriu processos de expulsão contra nenhum parlamentar que votou junto com a orientação do governo petista. “Mas neste caso o deputado extrapolou os limites”, afirmou um integrante da direção nacional da legenda.
O processo de expulsão não é unanimidade dentro da legenda. Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da ala mais ligada a Bolsonaro do partido, Yury do Paredão deveria ficar “sem comissões, sem fundo e sem diretórios. Um morto-vivo no PL. E, se ele tentar sair do partido, perderá o mandato”.
Portal Guaíra com informações da CNN