A Justiça Eleitoral de São Paulo declarou o influenciador e empresário Pablo Marçal (PRTB) inelegível por oito anos, após condená-lo por abuso de poder político, econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo. A decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, ainda cabe recurso.
A ação teve origem em processos movidos pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), por Guilherme Boulos e pela Coligação Amor por São Paulo. Durante a campanha, Marçal divulgou um vídeo oferecendo apoio a candidatos não alinhados à esquerda que contribuíssem com R$ 5 mil para sua campanha. No vídeo, ele afirmava: “Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a contribuir para a campanha dela, você vai mandar esse vídeo e falar ‘olha aqui a oportunidade’. Essa pessoa vai mandar um PIX pra minha campanha, de doação”.
O magistrado considerou a conduta de Marçal “altamente reprovável” e uma violação dos princípios que regem a legitimidade das eleições.
Em resposta, Marçal declarou ao Terra estar “em paz”, afirmando que gravou milhares de vídeos de apoio político para candidatos em todo o país, sem receber apoio financeiro em troca, conforme demonstrado em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Ele expressou confiança na justiça e anunciou que recorrerá da decisão.
Esta decisão ocorre em meio a outras controvérsias envolvendo Marçal. Em outubro de 2024, ele divulgou um laudo médico falso sobre Guilherme Boulos, o que resultou em investigações e processos judiciais. Além disso, Marçal enfrenta outras ações na Justiça relacionadas a suas atividades durante a campanha eleitoral.
A inelegibilidade de Marçal, se mantida, o impedirá de concorrer a cargos públicos até 2032.
Redação Portal Guaíra com Portal Terra