Eduarda Batista Stadler, encontrada morta em uma cova rasa em uma estrada rural de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi vítima de uma emboscada, aponta a investigação da Polícia Civil.
A jovem de 18 anos desapareceu no dia 20 de setembro, quando saiu de casa dizendo à família que ia comer um lanche. O corpo dela foi encontrado baleado oito dias depois na Estrada do Kalinoski. A investigação aponta que há pelo menos quatro suspeitos de envolvimento no crime. Relembre abaixo.
De acordo com o delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pela investigação, a jovem de 18 anos saiu de casa por volta da meia noite para encontrar com um homem, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Porém, pelo menos neste dia, o objetivo dele era fazer Eduarda entrar em contato com um terceiro indivíduo, para matá-lo.
Segundo o delegado, o homem acreditava que este terceiro estava envolvido no atentado contra a vida de outra mulher, cerca de dois meses antes.
“O plano não deu certo e Eduarda, que era mantida sequestrada pelo bando, acabou assassinada nas primeiras horas do dia 21 de setembro”, afirma Timossi.
As investigações também apontaram que o homem que os suspeitos queriam que Eduarda contatasse não teve envolvimento com o crime de dois meses antes, como eles achavam.
O nome dos suspeitos não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa deles.
Três suspeitos foram presos e um está foragido, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, até o momento três homens foram presos, suspeitos de envolvimento com o assassinato de Eduarda, e um quarto está foragido.
O suspeito de ter marcado o encontro com a jovem foi preso no mesmo dia que ela foi morta, mas por outro motivo: porte ilegal de armas.O delegado Timossi afirma que, com ele, foram encontradas duas armas de calibre .9mm. O flagra foi feito pela Polícia Militar (PM), durante patrulhamento.
Ele foi solto, mas depois um mandado de prisão temporária foi expedido contra ele pela suspeita de envolvimento no assassinato de Eduarda.
Ele foi preso nesta sexta-feira (27) em Ponta Grossa.
Também na sexta (27), dois homens foram presos em Palhoça, Santa Catarina. O delegado afirma que a dupla foi para Santa Catarina logo após o crime, junto a um terceiro – que está foragido.
Corpo da jovem foi encontrado baleado
O delegado Timossi afirma que no local em que foi encontrado o corpo de Eduarda Batista Stadler havia 12 projéteis de arma de fogo.
“Eduarda tinha histórico pessoal de envolvimento com pessoas que são atuantes no tráfico de drogas e acreditamos que isso possa ter resultado no assassinato dessa jovem”, disse o delegado, na época.
Eduarda deixou uma filha de um ano e sete meses.
Segundo a mãe da jovem, Paula Reis Batista, ela planejava voltar a estudar para terminar o Ensino Médio.
“Não sei porque tudo isso aconteceu. A única coisa que eu quero é que seja feita justiça. Tiraram a mãe de uma filha, tiraram a minha filha, minha única menina, minha primeira filha”, disse Paula, após o corpo de Eduarda ser encontrado.
A mãe da jovem contou que ela trabalhava em casa, online, para poder passar mais tempo com a filha.
“Ela trabalhava com sites de apostas de esportes e vendia roupas, lingeries… Se virava para ter o dinheiro dela. Gastava tudo comprando coisas para a filha e para o meu nenê. O irmão dela tem um ano e cinco meses, nasceu com cinco dias de diferença da filha dela”, explicou Paula.
Paula contou que Eduarda era casada, mas estava morando com a mãe há cerca de um mês devido a desentendimentos com o homem.
“Ele estava vindo ver a nenê [filha do casal], e a Eduarda me disse que eles estavam melhores agora”, lembrou.
Portal Guaíra com informações do G1