Investigadores da Polícia Civil de Ponta Grossa encontraram uma ossada humana nesta sexta-feira (11), na região do distrito de Itaiacoca. Embora a perícia ainda não tenha sido realizada para a confirmação da identidade da vítima, os indícios apurados pela polícia indicam que os restos mortais podem ser de Cauane Zavolski Martins, jovem que está desaparecida desde o dia 28 de janeiro.
De acordo com o delegado Fernando Jasinski, responsável pela investigação do desaparecimento de Cauane, a jovem tinha ido até uma petiscaria no bairro Neves acompanhada do namorado, um amigo e familiares. Quando os pais foram embora, ela permaneceu no local com alguns conhecidos e teria embarcado em um veículo. Poucas horas depois, fez a última ligação para a família e nunca mais foi vista.
Desde o registro do sumiço de Cauane, a polícia passou a atuar coletando depoimentos de testemunhas e pessoas próximas à vítima, e encontrou contradições nas versões apresentadas por algumas dessas testemunhas, principalmente nas versões de quem estava no bar junto com a vítima e o que eles teriam feito depois de deixarem o ambiente.
A polícia descobriu que a jovem foi até o apartamento de um dos envolvidos, no bairro de Uvaranas. Denúncias anônimas recebidas pela polícia apontavam que, nesse imóvel, Cauane teria usado a arma de um dos envolvidos para cometer suicídio e essas pessoas teriam ocultado o corpo. No entanto, outras denúncias apontaram para outros crimes cometidos pelos mesmos suspeitos do então desaparecimento da jovem.
Diante dessas informações, a Justiça expediu mandado de busca e apreensão em uma casa num condomínio na região do Boa Vista. No dia do cumprimento do mandado, os dois suspeitos foram encontrados no local. Durante as buscas, os investigadores encontraram um guarda-roupas desmontado com um buraco que teria sido causado por um tiro – o orifício estava coberto com massa corrida. O carro que Cauane teria embarcado no dia de seu desaparecimento também foi apreendido.
“Deslocou-se, então, para o apartamento em que Cauane poderia estar, e lá foi localizado grande quantidade de drogas, além de ter sido constatado, também, um orifício, na parede compatível com disparo de arma de fogo, também tampado com massa corrida, além de sujidades nas paredes de um quarto compatível com sangue”, relata Jasinski, acrescentando que também havia sangue dentro do carro onde Cauane entrou pela última vez.
A dupla foi presa em flagrante por tráfico de drogas e deve permanecer detida preventivamente durante a investigação do possível homicídio de Cauane. “A Polícia Civil segue com as investigações muito avançadas para apurar os fatos que podem configurar o crime de homicídio e ocultação de cadáver”, complementa Jasinski.
Portal Guaíra com informações do Massa News