Em documento encaminhado à Presidência da República em outubro do ano passado, o Governo do Paraná informou sobre os “riscos de tragédia” envolvendo indígenas na região oeste do Estado. No ofício, o qual a CNN teve acesso, o governador do estado, Ratinho Junior (PSD), cobrou celeridade para uma resolução pacífica que contemple o bem-estar de todos.
“Por se tratar de invasão promovida por povos originários, a administração estadual não tem poder para estabelecer sozinha uma mediação, responsabilidade que deve ser assumida pela União e pelo Poder Judiciário”, pontuou.
Segundo o governador, desde o início dos conflitos, a Polícia Militar do Paraná tem reforçado o policiamento na região. “Há protestos recorrentes nas cidades, diversas manifestações de associações e federações da sociedade civil organizada preocupadas com a situação e episódios de violência, como quando um oficial da Força Nacional foi agredido e teve seu fuzil roubado”, descreve o documento.
Em resposta, a Presidência da República informou que as informações foram encaminhadas aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas, bem como a Secretaria de Relações Institucionais.
No sábado (4), o governo federal aumentou em 50% o efetivo da Força Nacional no oeste do Paraná após uma série de ataques violentos contra a comunidade indígena Avá-Guarani. No caso mais recente, cinco pessoas foram baleadas, incluindo duas crianças.
A Força Nacional está na região desde janeiro do ano passado, quando foram designados 30 agentes, entre policiais militares e bombeiros do Rio de Janeiro. A presença de tropas federais no local visa intensificar o patrulhamento e garantir a proteção dos indígenas na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre Guaíra e Terra Roxa.
Portal Guaíra com informações da CNN