A Polícia Civil investiga uma jovem que teria usado a foto de Adolf Hitler em um bolo de aniversário em Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Ela pode responder por apologia ao nazismo.
O delegado regional Márcio Steffens confirmou ao g1 que um inquérito policial foi instaurado para apurar as informações.
A estudante de história da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) postou fotos fotos nas redes sociais comemorando o aniversário de 24 anos na última semana. Nas imagens, é possível ver que o retrato de Hitler estampava o bolo.
“Temos um inquérito em andamento, que vai agora procurar entender qual era exatamente a intenção da moça, primeiro ao fazer o bolo com essa imagem e depois divulgar em rede social”, disse.
De acordo com o delegado, a jovem ainda não foi ouvida. A pena para o crime de apologia ao nazismo é de reclusão de 2 a 5 anos.
“Vamos ouvir as pessoas e em 30 dias finalizar o inquérito”, disse.
O que diz a universidade
A UFPel divulgou uma nota informando que “está acompanhando e averiguando os fatos ocorridos recentemente com a cautela necessária, também para que não aconteçam atos injustos, devido a análises intempestivas de nossa parte”.
A assessoria da reitora Isabela Andrade reiterou que a universidade repudia qualquer apologia ao nazismo ou outra forma de discriminação.
“Além disso, tendo em vista que o fato não ocorreu nas dependências da universidade e nem em qualquer atividade acadêmica, ao recebermos a notícia dos fatos, encaminhamos imediatamente à autoridade policial para as providências adequadas”.
Nota da UFPel
Uma universidade precisa ser um espaço de apoio a todas as pessoas, garantindo direitos, valorizando a vida. A UFPel é contra qualquer forma de enaltecimento ao nazismo, ao fascismo e a autores de crimes contra a Humanidade. Em dias tão tristes como os que estamos vivendo, de pandemia, de afastamento e de crise de valores, precisamos cuidar de nós, cuidar das pessoas à nossa volta, assim como daqueles e daquelas que necessitam do nosso apoio.
Nesse sentido, a UFPel está acompanhando e averiguando os fatos ocorridos recentemente com a cautela necessária, também para que não aconteçam atos injustos, devido a análises intempestivas de nossa parte.
A assessoria da reitora Isabela Andrade também reitera que, concretamente, “repudiamos qualquer apologia ao nazismo ou qualquer outra forma de discriminação. Além disso, tendo em vista que o fato não ocorreu nas dependências da universidade e nem em qualquer atividade acadêmica, ao recebermos a notícia dos fatos, encaminhamos imediatamente à autoridade policial para as providências adequadas”.
Portal Guaíra com informações do G1