O Município de Guaíra via SMS – Secretaria Municipal de Saúde confirmou na quarta-feira (22) os primeiros casos de febre Chikungunya na cidade.
Um dos casos foi diagnosticado em uma mulher de 51 anos, que mora em La Paloma no Paraguai, onde há um surto da doença. A paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento, no dia 1 de fevereiro, com sintomas da doença. Foi coletado o exame de arbovirose, que confirmou o caso. Após, foi realizado o atendimento e dadas as orientações a paciente quanto aos cuidados para a não transmissão da doença.
O segundo caso se trata de um homem, 48 anos, residente do município sem histórico de viagem. O paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento, no dia 1 de fevereiro, com sintomas da doença, onde foi coletado o exame de arbovirose, que confirmou o caso. Recentemente o paciente relatou melhoras nos sintomas.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta todos os moradores da fronteira, em relação ao surto da febre Chikungunya no Paraguai. Segundo informações do Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai, os casos no país vizinho, não para de aumentar. Só neste ano, foram registrados mais 11.864 casos confirmados da doença. No mesmo período, foram 37 diagnósticos e cinco mortes por dengue.
A equipe da Vigilância Sanitária de Guaíra relembra os cuidados, que a população deve ter com seus quintais. Não deixar água parada, evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que além de transmitir a febre Chikungunya também é responsável pela transmissão da Zika e da Dengue. Outra importante orientação é quanto as visitas e viagens ao Paraguai que devem ter muita atenção às recomendações em relação à doença. O Secretário de saúde de Guaíra, destaca que, a principal prevenção é o uso correto do repelente. E ao sinal de qualquer sintoma, principalmente para quem for ao Paraguai, o primeiro passo é em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos e evitar sempre a automedicação. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fique atento aos sintomas:
Os sintomas da febre chikungunya são:
· febre;
· dores intensas nas articulações;
· dor nas costas;
· dores pelo corpo;
· erupções avermelhadas na pele;
· dor de cabeça;
· náuseas e vômitos;
· dor atrás dos olhos;
· dor de garganta;
· calafrios;
· diarreia e/ou dor abdominal (principalmente em crianças).
A Secretaria Municipal de Saúde alerta que a doença pode deixar os pacientes incapacitados, total ou parcialmente, por meses ou anos, em razão de dores articulares crônicas.
A chinkungunya É uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é o Aedes aegypti (Organizacion Panamericana de la Salud, 2011).
O vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos países da América Central e ilhas do Caribe.
No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia. Atualmente, todas os Estados registram transmissão desse arbovírus. Esta arbovirose também pode se manifestar de forma atípica e/ou grave, sendo observado óbitos.
Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases:
Febril ou aguda: tem duração de 5 a 14 dias;
Pós-aguda: tem um curso de até 3 meses;
Crônica: Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica;
É possível que se desenvolva manifestações atípicas no sistema nervoso, cardiovascular, pele, rins e outros, como:
Manifestações sistema/órgão;
Nervoso: Meningoencefalite, encefalopatia, convulsão, síndrome de Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresias, paralisias e neuropatias;
Olhos: Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite e uveíte;
Cardiovascular: Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmia e instabilidade hemodinâmica;
Pele: Hiperpigmentação por fotossensibilidade, dermatoses vesiculobolhosas e ulcerações aftosa-like;
Rins: Nefrite e insuficiência renal aguda;
Outros: Discrasia sanguínea, pneumonia, insuficiência respiratória, hepatite, pancreatite, síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético e insuficiência adrenal.
O tratamento da Chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para Chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada idade e fase da doença. Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.
Para sanar qualquer dúvida, ou relatar sintomas, entre em contato com a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental, na rua Professor Galvoso nº 516, Centro, ou pelo telefone (44) 3642-8685.
Portal Guaíra via Assessoria