O caso do desaparecimento dos quatro homens que foram cobrar uma dívida em Icaraíma, no noroeste do Paraná, é tratado como homicídio. Em coletiva realizada na segunda-feira (11), os delegados Gabriel Menezes e Thiago Andrade Inácio confirmaram que esta é a principal linha de investigação. Entretanto, a Polícia Civil (PC-PR) não descarta outras possibilidades. Relembre o caso abaixo.
Nesta terça-feira (12), completa uma semana desde que Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza estabeleceram contato com as famílias pela última vez.
Os delegados explicaram que o homicídio é considerado devido à falta de comunicação nesses sete dias e a forma como foi o sumiço das vítimas.
“Eles já estão desaparecidos há vários dias. Não houve nenhum contato de pedido de resgate. O contexto do desaparecimento, ao cobrar uma dívida, indica uma animosidade entre as pessoas e um possível conflito entre elas. Todos esses fatores apontam para a prática de um crime de homicídio”, disse Menezes.
“A principal linha é homicídio, mas não podemos descartar as outras linhas de investigação. Nada foi descartado ainda”, disse Inácio.
A investigação apurou que a dívida que foi cobrada é de R$ 255 mil, referente a uma compra de propriedade. Alencar realizou a venda, mas o comprador, registrado no cartório, não pagou as dez notas promissórias de R$ 25,5 mil. Esse homem não teve o nome divulgado
A suspeita é de que Antonio Buscariollo, de 66 anos, e o filho dele, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22, tenham participado de uma emboscada no momento em que os quatro homens foram cobrar esse valor. Pai e filho são da família do devedor.
Suspeitos prestaram depoimento, foram liberados e fugiram
No início das buscas, na quarta-feira (6), Antonio e Paulo foram encontrados na propriedade rural onde as vítimas teriam desaparecido, conforme a investigação.
Eles foram levados à delegacia e falaram que não estavam no local quando os quatro homens foram cobrar o valor.
“Eles confirmaram que havia um negócio envolvendo a compra e venda de uma propriedade rural entre Alencar e dois parentes deles, mas disseram que não tinham relação direta com a dívida”, explicou o delegado.
Eles passaram a ser suspeitos depois que foram liberados da delegacia e deixaram a propriedade, assim como todos os familiares deles que viviam no lugar. Agora, Antonio e Paulo são considerados foragidos e possuem mandados de prisão temporária em aberto.
Segundo a Polícia Civil, Antonio possui antecedente criminal por posse ilegal de arma de fogo. Paulo não tem passagens pela polícia.
Quem tiver informações sobre o paradeiro dos homens pode acionar a Polícia Militar pelo telefone 190.
Os outros familiares que desapareceram também são investigados. Porém, os nomes não foram divulgados.
Portal Guaíra com informações do G1