Cinco homens são investigados por envolvimento na morte de Bruna Zucco Segatin, de 21 anos, e de Valdir de Brito Feitosa, de 30. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ofereceu denúncia criminal contra eles por duplo homicídio e destruição de cadáver – porque os corpos foram incendiados. O casal foi morto em Altônia, no noroeste do estado, em 2018, onde a mulher foi eleita miss.
O duplo homicídio é qualificado por motivo torpe, cometido mediante promessa de recompensa e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. No caso de Bruna, também pelo intuito de ocultação de outro crime.
Quatro homens foram presos, no dia 7 de junho, sete anos depois do duplo homicídio, em uma operação da Polícia Civil (PC-PR) do Paraná e Santa Catarina. O suspeito de ser o mandante estava em um apartamento com porta blindada, em Balneário Camboriú (SC).
Eliezer Lopes de Almeida, investigado como sendo o intermediador, é de Pato Branco e está foragido.
As identidades dos outros suspeitos não foram divulgadas.
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Agora, a denúncia do MP-PR é encaminhada à Justiça que pode, ou não, tornar os cinco suspeitos réus do processo.
Investigação
Conforme o delegado Reginaldo Caetano, os crimes foram motivados pela disputa entre grupos que atuam no contrabando e no tráfico de drogas.
Bruna havia sido eleita Miss Altônia em 2017 e foi morta, segundo o inquérito, porque estava na companhia de Valdir – suspeito de realizar contrabando de cigarros. Caetano explicou que ela não tinha envolvimento com os crimes ou com a disputa.
“a mulher assassinada […] não tinha nenhum envolvimento com o crime, tendo sido executada apenas por estar com o homem, para que não pudesse testemunhar contra os assassinos”, também informa a nota do MP-PR
O suspeito de ser o mandante tem ligação com o tráfico de drogas, de acordo com a polícia. Ele teria planejado o crime, contratando um pistoleiro de Santa Catarina e dado apoio financeiro para que o homem morasse por alguns dias em Altônia até que fosse possível abordar Valdir.
No momento da abordagem, Bruna estava junto a ele e também foi morta. Os dois foram atingidos por tiros.
No total, foram sete anos de investigação. A polícia divulgou que indícios importantes foram destruídos pelo incêndio onde os corpos estavam, e isso dificultou o trabalho.
Portal Guaíra com informações do G1