A motorista que provocou o acidente que matou a motociclista Jocelaine Barbosa Meira em Toledo pode responder por homicídio doloso. Em entrevista coletiva, a Polícia Civil explicou que há provas de que ela assumiu o risco na condução do carro.
Motociclista de 23 anos morre em grave acidente na Vila Boa Esperança, em Toledo
Além do excesso de velocidade, a investigação reuniu provas de que a condutora do HB20 ingeriu bebida alcoólica e fez uso de drogas antes de dirigir.
O delegado, Fábio Freire explicou que no primeiro momento o caso foi tratado como homicídio culposo na direção de veículo, porém nas investigações as circunstâncias denotaram crime doloso, por dolo eventual, que é quando se assume o risco de matar.
“Pois a condutora, ela mesmo prevendo que poderia acontecer o resultado morte em decorrência do acidente, ela sumiu o risco de produzi-lo”, afirmou.
Durante as diligências foram apuradas circunstâncias como a velocidade que o carro estava, arremesso da vítima por aproximadamente 23 metros e só parou ao bater em anteparo, a forma com que a condutora passou por vários cruzamentos, desrespeitado as preferenciais, além também dos danos causados, como muro destruído e que estava ao lado com estragos, além dos estragos nos veículos que estavam na via, na moto e o HB20.
“Há indícios, que foi possível apurar durante as investigações, de que ela teria feito uso de bebida alcoólica e até drogas. Isso foi possível devido às oitivas de testemunhas, alguns socorristas do Corpo de Bombeiros militares falaram que sentiram o odor etílico durante o atendimento da condutora e também ouviu de uma das passageiras do HB20 que elas próprias teriam consumido whisky no sítio e também feito uso de drogas”
Agora a Polícia Civil encerra as investigações/inquérito e apresenta ao Ministério Público do Paraná as circunstâncias do acidente.
O MP decidirá se há ou não as circunstâncias caracterizadoras e se vai apresentar denúncia ao Poder Judiciário.
Se a motorista responder por homicídio doloso a pena é de 6 a 12 anos de prisão.
O delegado informou que quando a mulher foi ouvida, ela não falou muito e negou ter ingerido bebida alcoólica.
Ainda segundo Fábio Freire, no entanto uma amiga dela que estava no veículo quando os militares atenderam a ocorrência, ouviu uma delas, não sabe precisar qual, mas que ela tinha feito o uso de bebida alcoólica e droga.
O advogado da família de Jocelaine Barbosa Meira, falou sobre a conclusão do inquérito e disse que isso traz conforto à família.
Portal Guaíra com informações da Catve